As carteiras de não residentes registraram saída líquida de US$ 4,9 bilhões (R$ 23,4 bilhões) no mês passado, em comparação com saque de US$ 4,5 bilhões (R$ 21,5 bilhões) em abril e entrada de US$ 22,8 bilhões (R$ 109 bilhões) em maio de 2021. O saldo negativo dos últimos três meses ficou em US$ 17,3 bilhões (R$ 87,2 bilhões), de acordo com os dados do IIF.
Por Redação, com Reuters - de Londres
Recursos estrangeiros saíram das carteiras de mercados emergentes pelo terceiro mês consecutivo em maio, mostraram dados do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) nesta terça-feira, igualando uma sequência de três meses de saques que se encerrou em fevereiro de 2016.
As carteiras de não residentes registraram saída líquida de US$ 4,9 bilhões (R$ 23,4 bilhões) no mês passado, em comparação com saque de US$ 4,5 bilhões (R$ 21,5 bilhões) em abril e entrada de US$ 22,8 bilhões (R$ 109 bilhões) em maio de 2021. O saldo negativo dos últimos três meses ficou em US$ 17,3 bilhões (R$ 87,2 bilhões), de acordo com os dados do IIF, divulgados nesta terça-feira pela agência inglesa de notícias Reuters.
A China registrou entrada líquida de US$ 4,7 bilhões (R$ 22,4 bilhões), com US$ 2 bilhões (R$ 9,5 bilhões) direcionados à dívida e US$ 2,7 bilhões (R$ 12,9 bilhões) indo para as ações, mas os dados ainda mostram déficit no acumulado do ano para o país asiático. Os fluxos de saída de ações de mercados emergentes excluindo a China representaram a maior parte das perdas líquidas em maio.
Emergentes
"O aumento do risco de recessão global está pesando nos fluxos de mercados emergentes à medida que a ansiedade aumenta sobre eventos geopolíticos, condições monetárias mais apertadas, inflação e temores de que riscos maiores estejam se acumulando", disse Jonathan Fortun, economista do IIF, no relatório. Os mercados emergentes excluindo a China tiveram perdas líquidas de US$ 9,6 bilhões (R$ 45 bilhões), com US$ 6,1 bilhões (R$ 29,1 bilhões) saindo das ações, segundo o IIF.
Ainda nesta manhã, o dólar apresentava forte alta contra o real, enquanto investidores avaliavam a proposta do governo de reduzir impostos federais e ressarcir estados que aceitarem zerar o ICMS sobre os combustíveis. Às 11h14, o dólar comercial avançava 2,60%, a R$ 4,9210 na venda. Na Bolsa de Valores brasileira, o índice Ibovespa recuava 0,34%, a 109.804 pontos.
O cenário doméstico era apontado como o principal responsável pela alta do dólar no dia, após o presidente Jair Bolsonaro (PL) ter afirmado na véspera que o Executivo está disposto a zerar impostos federais cobrados sobre gasolina, gás, etanol e diesel em troca de uma redução da carga cobrada pelos entes federativos, que seriam ressarcidos pelo governo federal.