“Até o momento, foram apresentados a esta comissão 101 casos, dos quais 58 já foram resolvidos e 11 serão resolvidos em breve”, indicou García Magán, secretário-geral da Conferência Episcopal Espanhola.
Por Redação, com CartaCapital – de Madri
O mecanismo para indenizar as vítimas de abusos sexuais dentro da Igreja Católica espanhola recebeu 101 denúncias este ano, anunciou nesta sexta-feira o secretário-geral da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Francisco García Magán.

A Igreja, criticada durante anos por sua falta de transparência em relação aos abusos sexuais contra menores, colocou em funcionamento este dispositivo em 2025, após ter concordado em investigar a pedofilia em seu seio em 2022.
– Até o momento, foram apresentados a esta comissão 101 casos, dos quais 58 já foram resolvidos e 11 serão resolvidos em breve – indicou García Magán em coletiva de imprensa.
O secretário-geral não detalhou se o fato de que 58 casos tenham sido solucionados significa que as vítimas foram indenizadas, e também não quis responder a perguntas sobre os valores das reparações, alegando que a comissão atua com “autonomia” da CEE.
García Magán indicou que a Igreja continua negociando com o governo, que, entre outras coisas, pede para participar de um fundo estatal para ressarcir os afetados.
As vítimas
Também é discutida a possibilidade de que as vítimas que não desejam apresentar seus casos à Igreja possam fazê-lo através da Defensoria, que coordenou uma primeira investigação sobre os abusos no país, de forte tradição católica.
O diálogo “tem um bom avanço”, disse o secretário-geral da CEE, que até o momento se recusou a participar do fundo se este não for aberto a reparar todas os menores vítimas de abusos sexuais no país e não apenas os da Igreja.