Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Ibama consegue evitar desmatamento ilegal da Amazônia

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Domingo, 08 de Junho de 2003 às 15:50, por: CdB

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) conseguiu evitar desmatamento ilegal da Amazônia. Cerca de 150 mil hectares seriam desmatados ao longo de seis meses, informou Flávio Montiel, diretor de proteção ambiental do Instituto. Esse trabalho, segundo ele, é o resultado de um levantamento que está sendo feito como parte de um plano de ação para prevenção e controle do desmatamento de queimadas e de exploração ilegal de madeira na Amazônia. O levantamento reuniu informações baseadas no desmatamento ocorrido ano passado, onde aproximadamente 15 mil hectares foram desmatados, perto da cidade de Lábrea no estado do Amazonas. Pela dimensão do maquinário, a quantidade de pessoas trabalhando na região e o tamanho da devastação, ficou constatado que, este ano, a meta de desmatamento era chegar à cidade de Lábrea, ou seja, cerca de 150 mil hectares de florestas seriam derrubados, uma vez que esta operação seria realizada de junho a novembro. De acordo com Montiel, dentro da área desmatada foram apreendidos 6 tratores B6, uma pá carregadeira, uma camionete toyota, um grupo gerador estacionário, tanque de combustível com capacidade para 15 mil litros, 20 tambores de 200 litros de combustível com aproximadamente 6 mil litros de óleo disel e uma serraria. - O que acontece em um desmatamento é que as madeiras de maior valor comercial são retiradas do local quando o pessoal chega pra fazer a exploração de corte seletivo predatório, sem nenhum critério e sem um plano de manejo que possa fundamentar quais as espécies que poderiam ser retiradas com o cuidado que o plano de manejo exige. Há uma primeira entrada, a partir daí é feito o corte seletivo e uma vez feito esse corte, há o desmatamento. O desmatamento a corte raso, por ser terras da União, tem sentido de grilagem, com relação à essas terras, uma vez que foi encontrada, na área desmatada ilegalmente, no ano passado, uma construção de cercas para que essas áreas fossem griladas por particulares - explicou o diretor. Pela lei de crimes ambientais, de nº 9.605, as punições vão do pagamento de multa a prisão, além da recuperação do dano causado à natureza.

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