Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Humberto Costa alerta sobre risco de dengue tipo 4 no Rio

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Quinta, 27 de Novembro de 2003 às 17:34, por: CdB

O ministro da Saúde, Humberto Costa, fez nesta quinta-feira um apelo para que a população do Rio cobre dos gestores municipais ações mais efetivas para combater a dengue. E alertou que os altos níveis de infestação do mosquito Aedes aegypti registrados no Rio, aliados às chuvas e ao tempo quente, podem causar uma epidemia de dengue hemorrágica, a mais letal, no Estado, caso o tipo 4 da doença se desenvolva no Rio.

- Alguns municípios não investiram o suficiente, principalmente em pessoal para identificação e eliminação do focos do Aedes. E o grande problema é que estamos chegando no verão, já começou a chover no Rio, e ainda há muita gente suscetível à doença no Estado. Se chegar o vírus tipo 4, há um grande risco de ter uma epidemia de dengue hemorrágica.

O ministro ressaltou que a intenção, ao apontar as falhas, é evitar a discussão que já ocorreu no passado, sobre a responsabilidade de uma eventual epidemia.

- O Ministério da Saúde não está fazendo isso para acirrar qualquer tipo de briga ou disputa. Pelo contrário. Quero fazer isso agora, quando não temos uma epidemia instalada, para que depois as pessoas não fiquem colocando a culpa umas nas outras - argumentou Costa, observando que os municípios que precisem de mais recursos ou guardas de endemia podem procurar o ministério. "Não é por falta de recurso nem por falta de insistência do ministério que a epidemia vai chegar".

Embora tenha evitado nomear quais dos 92 municípios fluminenses têm ações de combate à dengue deficientes, afirmou que qualquer localidade com índice de infestação do mosquito superior a 1% precisa rever as medidas adotadas para evitar uma epidemia. "Acima de 1% os índices são todos eles altos", observou.

Segundo a subscretária estadual de Saúde, Alcione Athayde, apenas quatro municípios estão na situação descrita como crítica, se considerada a antiga metodologia de medição. Entre eles, o Rio, com índice de 2,82%.

No entanto, após a introdução do novo sistema, mais acurado, os nove municípios investigados até agora, estão com índice muito acima do tolerável pela Organização Mundial de Saúde. Em Padre Miguel, no Rio, o índice é de 14,5%. A pior situação encontrada foi na localidade de Engenho Roçado, em São Gonçalo, no Grande Rio, com 37.9%.

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