O secretário-geral da ONU também convidou o governo de Benjamin Netanyahu “a agir de modo coerente com suas obrigações em relação ao Tratado das Nações Unidas e às obrigações com o direito internacional”.
Por Redação, com ANSA – de Nova York
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou nesta terça-feira que está “muito preocupado” com a proibição da Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (Unrwa) pelo Parlamento de Israel.
– A aprovação impediria, provavelmente, a agência de continuar seu trabalho essencial nos territórios palestinos ocupados, como ordenado pela Assembleia-Geral da ONU – disse Guterres, que ainda acrescentou que a lei israelense “poderia ter consequências devastadoras para os refugiados palestinos, o que é inaceitável”.
O secretário-geral da ONU também convidou o governo de Benjamin Netanyahu “a agir de modo coerente com suas obrigações em relação ao Tratado das Nações Unidas e às obrigações com o direito internacional”.
União Europeia
A opinião de Guterres é compartilhada tanto pela União Europeia quanto pela Itália. Uma porta-voz da Comissão Europeia, poder Executivo do bloco, lembrou que a prestação de serviços de saúde, educação e sociais da Unrwa atende milhões de pessoas não apenas em Gaza, mas também na Cisjordânia, Líbano, Síria e Jordânia.
Já o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou que o veto israelense às atividades da Unrwa “pode enfraquecer o papel da ONU (no Oriente Médio)”.
– Lamentamos essa decisão, ainda que compreendamos alguns dos motivos que levaram ao veto: havia muitos militantes do Hamas que participaram do massacre de 7 de outubro (de 2023) entre os representantes da Unrwa, e espero que isso nunca mais ocorra – declarou Tajani.