O Equador enfrenta um grave problema envolvendo o tráfico de cocaína e altos índices de violência. No ano passado, foram apreendidas mais de 200 toneladas de drogas e a taxa de homicídio foi a mais alta.
Por Redação, com Poder360 - Quito
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, anunciou em pronunciamento na TV, na noite de sábado, que a posse e o porte de armas estão autorizados no país.

Agora, os armamentos podem ser usados para “defesa pessoal, de acordo com as exigências da lei e dos regulamentos” vigentes, explicou.
Além da liberação das armas, anunciou outras duas medidas para combater o crime organizado e o tráfico de drogas. São elas:
Liberou o uso de spray de pimenta para defesa pessoal;
Declarou estado de emergência a partir de domingo em três regiões do país mais atingidas pela criminalidade.
– Declaramos estado de emergência na zona 8, que inclui (as cidades de) Guayaquil, Durán e Samborondón, e nas províncias de Santa Elena e Los Ríos – detalhou o presidente. “Estou tão preocupado quanto vocês com a insegurança.”
Foi criada uma operação conjunta das Forças Armadas, Polícia Nacional e Inteligência para a segurança do país. Por 70 dias, as cidades afetadas ficarão sob toque de recolher da 1h às 5h. Reuniões também estão proibidas.
– Temos um inimigo comum: a delinquência, o tráfico de drogas e o crime organizado – justificou o presidente.
Tráfico de cocaína
O Equador enfrenta um grave problema envolvendo o tráfico de cocaína e altos índices de violência. No ano passado, foram apreendidas mais de 200 toneladas de drogas e a taxa de homicídio foi a mais alta da história do país, de 25,3 por 100 mil habitantes.
O anúncio de sábado foi feito depois de uma série de episódios de violência assustarem os equatorianos nos últimos dias. Os crimes incluem o abandono de uma cabeça humana em um parque e o sequestro de um homem, posteriormente liberado com explosivos presos ao corpo. O desarme do dispositivo demorou mais de 3 horas.
Paralelamente aos problemas de segurança pública, Lasso enfrenta uma crise política. No poder desde maio de 2021, o presidente é suspeito de corrupção e distribuição de cargos públicos, que o tornaram alvo de um processo de impeachment. Ele nega.