O ministro da Economia, empresário Paulo Guedes, participou de um debate sobre o cenário econômico nacional, nesta quarta-feira, com empresários do setor produtivo de Minas Gerais. O evento também reuniu representantes do governo de Romeu Zema (Novo).
Por Redação - de Belo Horizonte
Ministro da Economia, o empresário Paulo Guedes tentou minimizar, nesta quarta-feira, o estrago produzido por suas declarações sobre a situação econômica do país, em especial o estudo sobre congelamento do salário mínimo. Ele declarou a empresários que o governo federal vai, sim, conceder aumento salarial acima da inflação.
— Se nós demos aumentos para o salário mínimo e a aposentadoria durante a tragédia e a guerra, o que nós vamos fazer agora que a pandemia foi embora? Vamos dar aumento acima da inflação. Então é fake news que nós não vamos dar aumento — afirmou.
Guedes participou de um debate sobre o cenário econômico nacional com empresários do setor produtivo de Minas Gerais. O evento também reuniu representantes do governo de Romeu Zema (Novo).
Parceria
O encontro, realizado no Minascentro, na região Centro-Sul da capital mineira, é organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais em parceria com outras entidades, tais como a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH).
O evento com o ministro da Economia acontece na reta final da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno, que também está em Minas Gerais nesta quarta-feira. Na véspera, o candidato a vice na chapa, Walter Braga Netto, cumpriu agenda no Estado.
Na realidade, o Ministério da Economia elaborou uma proposta defendendo o fim dos descontos no Imposto de Renda com gastos em despesas médicas e educação. De acordo Guedes, o Ministério não pretende acabar com as deduções e disse que a medida é "totalmente descabida de fundamento”.
Deduções
No entanto, um documento obtido pelo diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo mostra que dez páginas foram elaboradas pela equipe da área fiscal do ministério após o primeiro turno.
Ainda segundo o jornal, o documento e os anexos com sugestões das mudanças foram elaborados pela equipe da área fiscal, sem aval do ministro. Dentre as principais propostas, os técnicos preveem que só a anulação da dedução das despesas médicas pode levar a uma economia de R$ 24,5 bilhões no ano.