Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Governo de transição verifica falhas graves na gestão de Bolsonaro

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Sexta, 18 de Novembro de 2022 às 13:08, por: CdB

Entre os pontos de maior estresse, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit) “tem o orçamento mais baixo da história para cuidar de 60 mil quilômetros de estradas federais”, adiantou o coordenador.

Por Redação - de Brasília
Coordenador dos grupos técnicos do Gabinete de Transição do Governo, Aloizio Mercadante divulgou, nesta sexta-feira, as diretivas para o trabalho da equipe reunida no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). Em entrevista coletiva, Mercadante aborou os problemas considerados graves e mencionou ausência de previsão orçamentária em diversas áreas consideradas essenciais.
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Mercadante coordena os grupos da equipe de transição para o governo do presidente Lula
— Vamos, basicamente, fazer um diagnóstico do Estado brasileiro. Reunir informações, identificar riscos, alertas, ilegalidades e situações que exijam decisão antes da posse. Estamos identificando problemas muito graves — disse. Entre os pontos de maior estresse, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit) “tem o orçamento mais baixo da história para cuidar de 60 mil quilômetros de estradas federais”, adiantou o coordenador. Mercadante observou, ainda, a ausência de recursos para tratamento de câncer e fazer andar a espera por cirurgias eletivas. Ex-ministro da Educação, Mercadante apontou também para a falta de previsão para livros didáticos no ensino fundamental. — Como imaginar 12 milhões de crianças sem livro didático no ano que vem — afirmou.

Composição

Coordenador executivo do grupo de transição, Floriano Pesaro relatou que o Gabinete reúne 285 pessoas. Pela legislação, poderia nomear 50 delas em cargos de assessoramento remuneradas pela União, mas que apenas 14 foram nomeadas. As demais atuam ou como voluntárias ou cedidas – já que boa parte dos indicado atua em alguma instância de serviço público. Segundo os coordenadores, a ideia é poupar recursos para quando forem necessárias despesas com viagens, diárias e hospedagens. — Buscamos a diversidade com a presença de negros, jovens, diversidade política, de gênero e regional. Recebemos, por exemplo, sugestões de nomes do Consórcio Nordeste para todas as áreas. Esses técnicos passaram por coordenadores dos partidos, movimentos sociais, juventude, movimento negro, de mulheres. Todos apresentaram sugestões e aceitamos na medida do possível — afirmou Pesaro. Os grupos de trabalho atuam em contato com o atual governo para diagnosticar a real situação do Estado brasileiro e desenvolver propostas para os primeiros 100 dias de governo. O relatório final do Gabinete de Transição será apresentado em 11 de dezembro.

Contato direto

O conteúdo terá indicações de propostas para os futuros ministros de cada área. — Caberá a eles endossar ou revisar as propostas e, posteriormente, avalizar suas decisões junto ao presidente Lula. Os grupos podem solicitar reuniões com os ministérios. Isso faz parte. Todos com atas formalizadas. Isso faz parte da transição e é feito através da Casa Civil — prosseguiu Mercadante. Além disso, a transição está em contato direto com o Tribunal de Contas da União (TCU) para identificar e sanar problemas do governo Bolsonaro. São 29 riscos de maior relevância.  — Queremos uma análise detalhada disso. Pactuamos com o TCU que os grupos podem se reportar aos auditores de cada ministério — resumiu o coordenador.
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