Taiwan vem denunciando a presença ostensiva de aviões e embarcações de guerra da China circundando a ilha, movimento visto como ameaça e retaliação à aproximação do país com os Estados Unidos.
Por Redação, com ANSA - de Taipé
O Ministério da Defesa de Taiwan anunciou nesta quarta-feira ter detectado nas últimas 24 horas um total de 32 aviões e 5 navios militares ao redor da ilha, indicando uma atividade sustentada pelas forças armadas da China, que utiliza cada vez mais drones de reconhecimento.
Em comunicado, o governo de Taiwan explicou que "monitorou a situação, enviou aeronaves e navios militares" e também ativou "sistemas de mísseis terrestres".
Além disso, 12 aeronaves, incluindo seis caças J-10, cruzaram a linha média do Estreito de Taiwan, que divide as águas territoriais de cada um dos lados, ou entraram na Zona de Defesa de Identificação Aérea (ADIZ).
Logo depois, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse ao seu homólogo britânico, James Cleverly, em uma reunião em Pequim, que "a independência de Taiwan é incompatível com a estabilidade no Estreito de Taiwan".
China
De acordo com o ministro chinês, citado por diplomatas, "o Reino Unido deveria respeitar seriamente os interesses fundamentais da China e aderir à política de 'Uma China'".
– Enquanto aderirmos ao respeito mútuo, tratarmos uns aos outros como iguais, encararmos o desenvolvimento uns dos outros de forma objetiva e melhorarmos a compreensão e a confiança mútuas, as nossas relações mostrarão vitalidade e amplas perspectivas – acrescentou Wang.
Taiwan vem denunciando a presença ostensiva de aviões e embarcações de guerra da China circundando a ilha, movimento visto como ameaça e retaliação à aproximação do país com os Estados Unidos.
Por outro lado, Pequim vê Taiwan como uma província que pertence por direito à China no âmbito da política de "Uma Só China".