O governo do Catar, que faz a mediação entre as partes em conflito, disse que restam apenas obstáculos "menores" para a conclusão do acordo.
Por Redação, com agências internacionais – de Jerusalém e Washington
Israel e o Hamas estão perto de um acordo para a libertação de reféns sequestrados pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas, no início de outubro, com uma parada humanitária nos ataques israelenses à Faixa da Gaza. A informação foi divulgada neste domingo pelo vice-conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jon Finer, em entrevista à emissora norte-americana de TV CBS.
— Estamos próximos de um acordo com o Hamas sobre os reféns. Ainda não fechamos, mas as diferenças diminuíram — adiantou Finer.
Pouco antes, o diário norte-americano The Washington Post (WP) havia dito que o grupo palestino libertaria dezenas de mulheres e crianças em troca de cinco dias de trégua nos combates. Segundo a reportagem, o crescente número de vítimas civis na Faixa de Gaza e o temor sobre o destino dos reféns aumentaram a pressão sobre o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, que é criticado por parentes de pessoas sequestradas pelo Hamas.
Obstáculos
O governo do Catar, que faz a mediação entre as partes em conflito, disse que restam apenas obstáculos "menores" para a conclusão do acordo.
— São desafios mais logísticos, de natureza prática — destacou o premiê do país árabe, Mohammed bin Abdulrahman al Thani.
Estima-se que mais de 200 israelenses ainda estejam sob poder do Hamas, incluindo dezenas de pessoas com dupla nacionalidade. Já o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou esperar que tudo caminhe "na direção certa".
— A libertação dos reféns é uma prioridade para reduzir a tensão na região. Reféns livres e corredores humanitários significam ter uma trégua de alguns dias para permitir que a população civil seja ajudada — resumiu.