Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Governo israelense decide deportar ativistas da Flotilha da Liberdade

Dois ativistas italianos da Flotilha da Liberdade serão deportados por Israel após interceptação em missão humanitária a Gaza. Entenda os detalhes.

Segunda, 28 de Julho de 2025 às 10:29, por: CdB

Segundo a ONG, “a bordo do ‘Handala’ estavam ativistas de direitos humanos, trabalhadores humanitários, parlamentares e jornalistas de vários países do mundo”.

Por Redação, com ANSA – de Gaza

Dois italianos que estavam a bordo de uma embarcação da ONG Coalizão Flotilha da Liberdade, interceptada pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) enquanto navegava em direção à Faixa de Gaza com 21 ativistas internacionais para uma missão civil e humanitária, serão deportados do país.

Governo israelense decide deportar ativistas da Flotilha da Liberdade | Navio foi interceptado por Forças de Israel
Navio foi interceptado por Forças de Israel

Trata-se de Tony La Piccirella, de Bari, e Antonio Mazzeo, de Messina, que estavam juntos de dois repórteres da Al Jazeera e de dois parlamentares franceses de esquerda.

Em comunicado, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou ter conversado com seu homólogo israelense, Gideon Sa’ar, sobre o assunto e afirmou que os dois italianos em Ashdod estão sendo assistidos por funcionários da embaixada.

Além disso, o chanceler italiano destacou que Israel está oferecendo aos ativistas duas opções: assinar uma declaração e ir imediatamente ao aeroporto com assistência diplomática, ou ser mantido em um centro de detenção e forçado a ser repatriado após 72 horas.

Tajani explicou que um dos dois escolheu a primeira opção e o outro a segunda, mas não especificou as medidas decididas respectivamente.

No último fim de semana, a Flotilha da Liberdade acusou o Exército de ocupação israelense de abordar à força o navio “Handala”, que partiu de Siracusa, no sul da Itália, rumo ao enclave palestino, no último dia 13 de julho, carregado com ajuda humanitária.

“Trata-se de uma ação ilegal e violenta, realizada em águas internacionais ou, em qualquer caso, fora da jurisdição israelense, que constitui um grave ato de pirataria naval e uma violação do direito internacional”, denunciou.

ONG

Segundo a ONG, “a bordo do ‘Handala’ estavam ativistas de direitos humanos, trabalhadores humanitários, parlamentares e jornalistas de vários países do mundo”.

“As autoridades israelenses os estão detendo ilegalmente, em violação à sua liberdade individual e às convenções internacionais”, acrescentou a nota, enfatizando que, “de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), nenhuma força militar tem o direito de atacar uma embarcação civil em águas internacionais sem justificativa legal, especialmente se estiver engajada em uma missão humanitária”.

A embarcação “Handala”, a 37ª missão em 18 anos da Flotilha da Liberdade, aproximou-se das águas de Gaza e foi interceptada por volta das 22h45 do sábado passado. Imagens ao vivo mostraram soldados abordando e começando a identificar as pessoas de 10 países.

A medida foi quase idêntica a tomada em junho passado contra o veleiro “Madleen”, que transportava a sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila.

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