O anúncio foi feito um dia depois de dados mostrarem que a inflação foi de 4,7% apenas em março, acumulando 54,7% nos últimos 12 meses, o que vem afetando a atividade econômica do país e aumentou a pobreza.
Por Redação, com agências internacionais - de Buenos Aires
O governo da Argentina anunciou, nesta quarta-feira, o tabelamento de preços de gêneros de primeira necessidade, em um pacote de medidas com o objetivo de conter a inflação galopante e reativar o consumo no país. A medida ocorre em meio a uma crise que compromete seriamente as probabilidades de reeleição do presidente Mauricio Macri.
O anúncio foi feito um dia depois de dados mostrarem que a inflação foi de 4,7% apenas em março, acumulando 54,7% nos últimos 12 meses, o que vem afetando a atividade econômica do país e aumentou a pobreza.
“As medidas principais que estamos lançando são fruto de um acordo com empresas líderes para manter por ao menos seis meses os preços de 60 produtos essenciais e o não aumento de tarifas de serviços públicos para este ano”, informou o governo em comunicado.
Campanha
A inflação argentina ultrapassou, em março, todas as previsões e atingiu 4,7%, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos, fazendo o índice acumulado dos últimos 12 meses superar os 54%. No primeiro trimestre, chegou a 11,8%. Alimentação e transporte foram os itens que mais subiram.
Macri usou a inflação dos últimos anos do mandato de Cristina Fernández de Kirchner durante a campanha eleitoral para chegar à Presidência. Dizia que a inflação real da Argentina era superior à da Venezuela. Não era verdade.
Agora quase ninguém espera que o ano termine abaixo de 40%. Em 2018, um ano catastrófico, foi de 47,6%.