No “pacto nacional”, os governadores sugerem a criação de um comitê gestor para conduzir as ações referentes ao enfrentamento da pandemia. O grupo teria a participação de membros dos três poderes e de todos os níveis da federação, além da assessoria de uma comissão de especialistas.
Por Redação, com RBA - de São Paulo
Expansão da vacinação, intensificar as medidas restritivas e apoio aos Estados para ampliação de leitos, esses são os três pilares defendidos por 22 governadores, por meio de uma proposta de “pacto nacional” pela vida e pela saúde. O documento, divulgado na noite passada, é feito no momento mais grave da pandemia no Brasil, com recordes de mortes.
No “pacto nacional”, os governadores sugerem a criação de um comitê gestor para conduzir as ações referentes ao enfrentamento da pandemia. O grupo teria a participação de membros dos três poderes e de todos os níveis da federação, além da assessoria de uma comissão de especialistas.
“O coronavírus é hoje o maior adversário da nossa Nação. Precisamos evitar o total colapso dos sistemas hospitalares em todo o Brasil e melhorar o combate à pandemia. Só assim a nossa Pátria poderá encontrar um caminho de crescimento e de geração de empregos”, diz o documento.
Colapso
Apenas seis governadores não assinaram a carta: Claudio Castro (Rio de Janeiro), Carlos Moisés (Santa Catarina), Ratinho Junior (Paraná), Antonio Denarium (Roraima), Marcos Rocha (Rondônia) e Wilson Lima (Amazonas). Todos são mais próximos do presidente Jair Bolsonaro.
O pacto nacional é resultado de reunião realizada em 12 de fevereiro, em que estavam presentes, além dos governadores, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Os governadores pediram que o Congresso assuma a linha de frente da coordenação da crise de covid-19, alegando omissão e negação por parte do presidente Bolsonaro.
No documento, eles reforçam a necessidade de apoio às medidas de restrição para conter o avanço do vírus. “Há limites objetivos à expansão de leitos hospitalares, tendo em vista escassez de insumos e de recursos humanos. Dessa forma, as medidas preventivas protegem as famílias, salvam vidas e asseguram viabilidade aos sistemas hospitalares. Medidas como o uso de máscaras e desestímulo a aglomerações têm sido usadas com sucesso na imensa maioria dos países, de todos os continentes”, pontuam.
Média diária
A pandemia de covid-19 completa um ano nesta quinta-feira. Ontem, pela primeira vez, o Brasil superou as 2 mil mortes em um dia: foram 2.286 mortos em 24 horas. Com isso, o país também ultrapassou a marca dos 270 mil mortos, chegando a 270.656.
A quarta-feira também foi marcada por um grande número de novos casos: 79.876. Desde o início do surto no país, 11.202.305 brasileiros já ficaram doentes pela covid-19. Este é, com folga, o pior momento da pandemia no país. A média de mortes diárias, calculada em sete dias, está em 1.626, e a de casos, em 69.096.