Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Governadores apoiam planejamento federal para vender a Ferroeste

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Terça, 18 de Maio de 2021 às 14:26, por: CdB

Durante o evento, que contou com a participação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e dos governadores do Paraná, Ratinho Júnior, e do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, também foi assinado o contrato de arrendamento do terminal portuário PAR12, localizado no Porto de Paranaguá (PR).

Por Redação, com ABr - de Curitiba

O Ministério da Infraestrutura apresentou nesta terça-feira o estudo de viabilidade técnico-econômica que visa a desestatização da Estrada de Ferro Paraná Oeste, mais conhecida como Ferroeste.

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O principal objetivo da ferrovia é o esgotamento da safra de grãos dos dois Estados

Durante o evento, que contou com a participação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e dos governadores do Paraná, Ratinho Júnior, e do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, também foi assinado o contrato de arrendamento do terminal portuário PAR12, localizado no Porto de Paranaguá (PR).

Os dois Estados estão entre os que serão mais beneficiados pelos dois empreendimentos, uma vez que boa parte da produção agrícola do MS poderá ser escoada pela ferrovia até o Porto de Paranaguá. No trecho em operação da ferrovia, os produtos mais transportados são grãos, contêineres e cimento.

Fluxo de cargas

A Ferroeste ligará as cidades paranaenses de Guarapuava e Cascavel. A expectativa é de uma extensão da ferrovia até a cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul (MS). Segundo o Ministério da Infraestrutura, são esperados R$ 8 bilhões em investimentos

Tarcísio de Freitas defendeu o avanço da ferrovia até Mato Grosso do Sul , o que, segundo ele, “ligará umbilicalmente” o estado com o Porto de Paranaguá. “Tenho certeza de que, no futuro, estaremos capturando carga também no Paraguai”, disse o ministro.

O governador do MS, Reinaldo Azambuja, lembrou que a ferrovia diminuirá o fluxo de cargas na BR-262 que, segundo ele, “está se deteriorando com as 300 carretas que passam todos os dias por ali”.

O governador do Paraná, Ratinho Júnior, elogiou as iniciativas implementadas por Freitas, no sentido de “tornar a Ferroeste interessante para a iniciativa privada”. “A Ferroeste será uma grande artéria de conexão com o MS”, disse o governador paranaense.

Desafios

O ministro da Infraestrutura apontou como “principal desafio” para o empreendimento ferroviário dar celeridade ao processo que culminará com o leilão da ferrovia.

— Temos alguns desafios pela frente. Um deles é o cronograma, até que [o projeto] seja sabatinado pela sociedade, escrutinado pelos órgãos de controle, para chegarmos ao leilão — disse o ministro.

Ele chamou atenção para alguns cuidados que devem ser levados em conta para o sucesso do leilão, em especial para que não se caia “na armadilha de termos uma demanda superestimada, o que poderia comprometer o projeto”.

Outro desafio é relativo à descida da ferrovia na Serra do Mar.

— Uma coisa que tem de ser muito bem avaliada é a questão da bitola, porque hoje temos uma ferrovia que opera na bitola métrica. A migração da bitola métrica para a bitola mista tem que ser muito bem pensada. Pessoas com quem temos conversado têm falado em mudar a superestrutura para transportar mais carga por eixo — concluiu.

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