Após o fracasso, os russos se concentraram em atacar a parte sul e leste do território. Nessa segunda parte, fica a área de Donbass, onde grupos separatistas pró-Rússia lutam contra o governo ucraniano desde 2014 e chegaram a declarar a independência dos países.
Por Redação, com ANSA - de Kiev
O governador da região ucraniana de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, pediu nesta quarta-feira para que cerca de 350 mil civis deixam a localidade por conta do iminente ataque russo na área. O local é o novo alvo das tropas de Moscou após a queda da região vizinha de Lugansk. – Isso é necessário para salvar vidas humanas e para permitir que o exército ucraniano consiga defender melhor a área. O destino do país inteiro será decidido na região de Donetsk – disse Kyrylenko conforme reportam os jornais locais. Ainda conforme o representante, "quanto menos pessoas estiverem aqui, mais poderemos nos concentrar nos nossos inimigos e desenvolver nossas missões principais". O pedido do governador vem um dia depois do prefeito de Sloviansk, Vadim Lyakh, fazer o mesmo por conta de um "enorme bombardeio" ocorrido na terça-feira. Também nesta quarta, o governador de Lugansk, Sergei Gaidai, afirmou ao portal Ukrinform que as forças armadas ucranianas estão se concentrando no bloqueio de unidades russas em uma estrada que liga as duas regiões e mantendo a rodovia Bakhmut-Lysychansk aberta para a passagem de civis e militares do país. – Estamos segurando o inimigo na fronteira entre Lugansk e Donetsk. Os russos estão sofrendo perdas significativas. Ontem, as tropas russas tentaram avançar na região de Donetsk e interromper a rodovia, mas não conseguiram – pontuou.