O julgamento mostrou que o Google negou que os vídeos carregassem imputações difamatórias e disse que o youtuber tinha direito a uma opinião honesta e deveria ser protegido pelo direito de criticar um político.
Por Redação, com Reuters - de Camberra
Um tribunal da Austrália ordenou na segunda-feira que o Google pague a um ex-parlamentar do país US$ 715 mil australianos (US$ 515 mil), dizendo que a recusa da empresa em remover vídeos "racistas, difamatórios, abusivos e difamatórios" produzidos por um youtuber o afastou da política. O Tribunal Federal considerou que a Alphabet, dona do Google, ganhou dinheiro intencionalmente ao hospedar dois vídeos no YouTube que atacam o então vice-premiê de Nova Gales do Sul, o Estado mais populoso da Austrália, que foram vistos quase 800 mil vezes desde que foram publicados em 2020. O julgamento mostrou que o Google negou que os vídeos carregassem imputações difamatórias e disse que o youtuber tinha direito a uma opinião honesta e deveria ser protegido pelo direito de criticar um político. Um porta-voz do Google não estava disponível para comentar. – Eles (o Google) foram avisados de que esses vídeos difamatórios estavam lá, eles analisaram, decidiram por si mesmos que não estavam e os deixaram de lado – disse o professor David Rolph, especialista em lei de mídia da Escola de Direito da Universidade de Sydney. – Essa é uma aplicação ortodoxa dos princípios básicos de publicação da lei de difamação, mas deixa a questão maior sobre se precisamos reformá-la.