Um ônibus que transportava cerca de duas dúzias de trabalhadores da GHF foi atacado a tiros na noite de quarta-feira, quando se dirigia a um centro de ajuda no sul de Gaza.
Por Redação com Reuters – de Gaza
Ao menos oito palestinos que trabalhavam para a Gaza Humanitarian Foundation, apoiada pelos Estados Unidos, morreram em uma emboscada, informou a GHF nesta quinta-feira, culpando os militantes do Hamas pelas mortes que abalaram a problemática operação de distribuição de alimentos.
Um ônibus que transportava cerca de duas dúzias de trabalhadores da GHF foi atacado a tiros na noite de quarta-feira, quando se dirigia a um centro de ajuda no sul de Gaza, disse a fundação, acrescentando que muitos de seus funcionários ficaram feridos e alguns podem ter sido sequestrados.
Separadamente, a autoridade de saúde local afirmou que 103 palestinos foram mortos por fogo israelense e 400 ficaram feridos nas últimas 24 horas em todo o enclave — incluindo 21 pessoas mortas nesta manhã perto das instalações da GHF.
O diretor interino da GHF, John Acree, disse que sua organização havia considerado fechar seus centros na quinta-feira após o ataque ao ônibus, mas optou por permanecer aberta.
– Decidimos que a melhor resposta aos assassinos covardes do Hamas é continuar entregando alimentos para o povo de Gaza que conta conosco – declarou ele em um comunicado.
O Hamas não quis comentar sobre os tiroteios.
Hamas
Os canais de mídia social em Gaza disseram que o Hamas atacou o ônibus porque ele supostamente transportava trabalhadores da GHF ligados a Yasser Abu Shabab, líder de um grande clã que desafiou a supremacia do Hamas no enclave e está sendo armado por Israel.
Abu Shabab divulgou uma declaração em sua página do Facebook denunciando imagens postadas nas redes sociais mostrando habitantes de Gaza supostamente mortos pelo Hamas, que busca manter o poder.
– Rumores de execuções e assassinatos estão sendo espalhados pelos corruptos, mercenários e criminosos do Hamas em uma tentativa de semear o medo nos corações daqueles que buscam a mudança e a libertação do terrorismo, da opressão e de seu governo injusto – disse ele.
