O gabinete de Israel concordou neste domingo em libertar até 200 prisioneiros palestinos numa medida visando demonstrar boa vontade antes da eleição para substituir Yasser Arafat e depois que o Egito libertou um espião israelense, disseram autoridades.
Concessões israelenses antes da votação são vistas como um impulso a Mohammed Abbas, ex-primeiro ministro palestino considerado moderado, em meio a esperanças de que a morte de Arafat reative as chances de um acordo de paz no Oriente Médio.
A libertação de prisioneiros palestinos também era esperada como uma retribuição ao presidente do Egito, Hosni Mubarak, que pôs em liberdade na semana passada Azzam Azzam, israelense condenado por espionagem.
O gabinete não disse quando os 100 a 200 prisioneiros serão libertados, nem quais dos 7 mil palestinos mantidos presos estarão na lista.
Os palestinos exigem a libertação de todos os detidos em ações de Israel em busca de suspeitos de serem militantes durante o levante de quatro anos. Alguns estão sendo mantidos sem julgamento.
Israel disse que libertará apenas prisioneiros "sem sangue nas mãos" -- que não participaram ou realizaram ataques que mataram israelenses.