O grupo dos sete países mais industrializados do mundo (o G-7) quer que as negociações entre a Argentina e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estejam condicionadas a um plano claro do país para os credores que ficaram fora da reestruturação da dívida, disse uma fonte do grupo.
- A elaboração de uma estratégia clara sobre como vai tratar os credores que não aceitaram a troca da dívida é uma condição prévia para qualquer novo programa com o FMI - disse a fonte.
O ministro da Economia, Roberto Lavagna, explicou que, com a reestruturação, a nova relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas pelo país) passa a ser de 72%, considerando a dívida pública total agora de US$ 125 bilhões. A reestruturação reduziu a dívida não paga de US$ 102,5 bilhões a US$ 35,238 bilhões em novos títulos. A oferta oficial foi recusada por detentores de bônus num valor de US$ 19,6 bilhões.
Buenos Aires disse, em várias ocasiões, que os que não participariam da reestruturação perderiam tudo e o ministro Lavagna incluiu o valor dos títulos dos que ficaram fora da troca como parte da redução da dívida do país.