Rio de Janeiro, 26 de Dezembro de 2024

Funcionários e professores bloqueiam entrada da USP

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Quarta, 11 de Junho de 2014 às 09:03, por: CdB
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Segundo Magno de Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), a categoria reivindica reajuste salarial de 10%
Professores, funcionários e alunos da Universidade de São Paulo (USP) bloquearam a entrada do campus do Butantã, na Zona Oeste da cidade. O protesto foi organizado com o objetivo de chamar a atenção para a greve na instituição, que já dura 15 dias. Segundo Magno de Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), a categoria reivindica reajuste salarial de 10%, a suspensão do corte de 30% na verba destinada ao ensino e à pesquisa e a contratação de professores e funcionários. - Essa é uma luta de professores, funcionários e estudantes, e é uma luta de todos porque a USP é um patrimônio do povo brasileiro. Quem sustenta isso aqui é o povo, cuja maioria não tem nem como entrar na universidade - declarou. A greve, que começou no dia 27 de maio, recebeu apoio do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Para a entidade, o ensino e a pesquisa estão sendo prejudicados. “As universidades já viviam no limite. Esse corte vai levar ao caos. A USP é responsável por 30% da pesquisa no Brasil. As três universidades estaduais paulistas são responsáveis por mais de 50%”, disse o presidente do Sintusp. Além da pesquisa, alguns serviços oferecidos pela universidade, como o de saúde, foram afetados pelo corte de orçamento, informou o sindicalista. “O hospital universitário está tendo que suspender cirurgias porque falta material básico. Até fio de sutura, outro dia, não tinha. Teve que suspender cirurgia. Coisas absurdas que estão acontecendo numa universidade que era a melhor da América latina e agora perdeu para outra universidade do Chile.” A Agência Brasil entrou em contato com a Reitoria da Universidade de São Paulo, mas não obteve retorno. Reitoria da UnB Os estudantes que ocuparam a Reitoria da Universidade de Brasília (UnB) deixaram o local de forma pacífica, após assinatura de uma carta de intenções pelo reitor Ivan Camargo. O grupo invadiu o gabinete na última quinta-feira e permaneceu até a noite dessa terça-feira, reivindicando a não criminalização do movimento estudantil. No documento assinado ficou registrado o compromisso da universidade de sanear os processos existentes, podendo abrir novos procedimentos de investigação para apurar os danos ao patrimônio no chamado catracaço e nas festas no Instituto Central de Ciências, conhecido como minhocão. Ontem, durante todo o dia, a negociação entre estudantes e gestores foi intermediada pela Defensoria Pública da União, que vai acompanhar o caso. O catracaço ocorreu em fevereiro do ano passado, quando alunos liberaram as catracas do restaurante universitário por quatro dias, reivindicando melhorias no sistema de assistência estudantil. Segundo a universidade, os prejuízos somam R$ 29 mil. Oito estudantes respondiam a processo administrativo e poderiam ter que pagar os prejuízos à empresa que administra o restaurante. Segundo o reitor, as festas no minhocão também trouxeram prejuízos por causa da sujeira espalhada e dos laboratórios e banheiros depredados. Por isso, processos administrativos estavam sendo movidos contra os centros acadêmicos. A gestão se comprometeu ainda a manter o diálogo com os alunos sobre as moradias administradas pela UnB e a regularização institucional e localização física dos centros acadêmicos. Durante a tarde, a juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura ordenou a reintegração de posse do prédio da reitoria e autorizou o uso de força policial, que não foi necessária. Na página do movimento de ocupação no Facebook, os estudantes dizem que vão continuar mobilizados para que as promessas sejam cumpridas.  
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