Por conta da falta de pagamento, que chega a dois meses segundo as denúncias e a partir do que o MP-RJ constatou, há redução de profissionais no local, sobretudo cuidadores de idosos e auxiliares de serviços gerais. Segundo a equipe, o mesmo ocorre com a Vila de Idosos de Sepetiba.
Por Redação, com Brasil de Fato - do Rio de Janeiro
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) realizou uma inspeção na última terça-feira em asilos do governo do estado e constatou que os funcionários que trabalham em algumas unidades vinculadas à Fundação Leão XIII estão sem receber os salários. O problema ocorre no Centro de Recuperação Social (CRS) de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, e na Vila de Idosos de Sepetiba.
A visita ao local foi realizada por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Proteção à Pessoa Idosa da Capital e teve como objetivo realizar a fiscalização anual e apurar denúncias recebidas sobre a falta de pagamento dos funcionários. Diante do relato da direção e dos profissionais da empresa Inatos, foi constatada a veracidade das denúncias, e os dados coletados foram apresentados ao Juízo da 4ª Vara de Infância, Juventude e Idoso da Capital.
Apurar a regularidade dos contratos
O Ministério Público do Estado também determinou o envio de documentos para os promotores de Justiça da área de Tutela Coletiva, a fim de apurar a regularidade dos contratos firmados com a Inatos, e respectivos pagamentos.
Por conta da falta de pagamento, que chega a dois meses segundo as denúncias e a partir do que o MP-RJ constatou, há redução de profissionais no local, sobretudo cuidadores de idosos e auxiliares de serviços gerais. Segundo a equipe, o mesmo ocorre com a Vila de Idosos de Sepetiba.
Na última segunda-feira, a 4ª Promotoria de Justiça de Proteção à Pessoa Idosa da Capital realizou reunião com a presidência da Fundação Leão XIII, que alegou desconhecer qualquer atraso no pagamento de salários dos funcionários.
Diante da gravidade dos fatos, a Promotoria solicitou reunião com o Secretário de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, para os devidos esclarecimentos.
No Centro de Recuperação Social de Campo Grande residem atualmente 52 pessoas idosas, a maioria com alto grau de dependência de cuidados.