As investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) apontam que o casal trabalhava nessa mesma empresa e mantinha uma relação marcada por brigas e ciúmes.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
Iris Maria Soares da Silva foi presa, nesta sexta-feira, acusada de matar o namorado ao misturar veneno de rato, conhecido como chumbinho, em uma vitamina de banana. Ela estava no local de trabalho, na Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), em Irajá, Zona Norte do Rio, quando acabou detida.

As investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) apontam que o casal trabalhava nessa mesma empresa e mantinha uma relação marcada por brigas e ciúmes.
Crime após briga
No dia 15 de fevereiro deste ano, após uma discussão, a mulher preparou a bebida envenenada e ofereceu à vítima, Rogério Mauricio Moreira da Gama.
Cerca de uma hora depois, o homem passou mal, e os colegas o levaram a uma unidade de saúde em Irajá, onde ele morreu no dia seguinte.
Laudos confirmaram o uso de veneno
Exames laboratoriais confirmaram a presença de terbufós sulfóxido, substância altamente tóxica usada em produtos agrícolas.
Com base nesse resultado, a 27ª DP (Vicente de Carvalho) iniciou a investigação do caso e, posteriormente, a DHC assumiu o inquérito.
Ao longo das apurações, os agentes reuniram depoimentos de testemunhas, laudos periciais e mensagens trocadas entre o casal, o que mostrou que ela premeditou o crime.
Pesquisas na internet
De acordo com a Polícia Civil, Iris teria pesquisado na internet sobre o veneno na véspera do crime. Ainda segundo as investigações, ela pediu a Rogério que mexesse bem a bebida antes de tomá-la.
Prisão preventiva decretada
A Justiça decretou a prisão preventiva da mulher após uma denúncia do Ministério Público do Rio. Ela vai responder por homicídio qualificado.
“Nesse sentido, observa-se que o conjunto probatório é robusto, composto por depoimentos testemunhais, pelo comportamento da própria denunciada, pela ausência de outros indivíduos suspeitos, pelo histórico de relacionamento conturbado entre vítima e acusada”, diz o trecho do documento assinado pela juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, da 4ª Vara Criminal da Capital.
A Comlurb informou que aguarda as investigações da polícia e, caso seja comprovado o envolvimento da funcionária no crime, tomará as medidas cabíveis.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa da citada. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.