A festa do réveillon em Copacabana foi ofuscada por uma cortina de fumaça, que surgiu através da explosão dos fogos, de fabricação argentina, que duraram 15 minutos e foram lançados por oito balsas a 360 metros da areia.
Na explosão, formou-se uma fumaça densa em todas as balsas, que encobriu boa parte da beleza dos fogos e chegou até os prédios da Avenida Atlântica e até nas ruas internas do bairro. Moradores, incomodados com a fumaça que esfriou a comemoração, foram forçados a fechar as janelas. No palco água, o público, que chegou a ensaiar uma vaia, aplaudiu o espetáculo só no final. No palco ar, a multidão vaiou a queima de fogos. Duas balsas tiveram problemas técnicos. Quem estava na praia só conseguiu olhar os fogos, nos pontos altos, já que a fumaça encobriu a festa.
Mais de dois milhões de pessoas lotaram a orla de Copacabana para o réveillon. Na praia, o público fez um minuto de silêncio cinco minutos antes da hora da virada. "O Rio de janeiro vai parar para prestar uma homenagem as vítimas do Tsunami na Ásia", disse o locutor do palco 03, localizado na avenida Atlântica, esquina com Constante Ramos.
A popular cascata do Hotel Le Méridien só durou cinco minutos e não emplogou o público como nos anos anteriores. Fogos não funcionaram, deixando buraco no meio da cascata. O público, frustrado, arremessou pedras e garrafas no hotel.
Apesar da cortina de fumaça, o público foi ao delírio com os shows de Dudu Nobre e Alcione no palco 01, Elba Ramalho no palco 02 e Barão Vermelho no palco 03.