Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Francisco critica eutanásia e diz que 'não há direito de morrer'

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Quarta, 09 de Fevereiro de 2022 às 09:01, por: CdB

Segundo o líder católico, "a vida é um direito, mas a morte não é e ela deve ser acolhida, mas não administrada". "E esse princípio ético atinge todos, não apenas cristãos ou pessoas que tenham crenças", acrescentou.

Por Redação, com ANSA - da Cidade do Vaticano

O papa Francisco afirmou nesta quarta-feira, 9, que "não há um direito de morrer" e que é preciso não confundir os cuidados paliativos dados para pessoas doentes que já não tem mais tratamentos que as salvem com uma assistência ao suicídio.

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Papa critica eutanásia e diz que "não há direito de morrer"

– Precisamos estar atentos para não confundir isso (cuidados paliativos) com derivas inaceitáveis que levam à matar. Precisamos acompanhar a morte, mas não provocar a morte ou ajudar em qualquer forma de suicídio. Lembro que sempre deve ser privilegiado o direito ao tratamento e ao tratamento para todos, para que os mais fracos, em particular os idosos e os doentes, não sejam descartados – afirmou aos fiéis.

Segundo o líder católico, "a vida é um direito, mas a morte não é e ela deve ser acolhida, mas não administrada". "E esse princípio ético atinge todos, não apenas cristãos ou pessoas que tenham crenças", acrescentou.

Para o Pontífice, há duas questões que "para nós cristãos permanecem de pé", sendo que a primeira é que "não podemos evitar a morte e, propriamente por isso, após fazer tudo o que é humanamente possível para curar a pessoa doente, resulta como imoral envolver-se em uma obstinação terapêutica".

Qualidade da morte

– A segunda consideração atinge a qualidade da morte em si, da dor, do sofrimento. De fato, precisamos ser gratos por toda a ajuda que a medicina está se esforçando em nos dar para que, através dos chamados cuidados paliativos, cada pessoa que se aproxima de viver a última parte da própria vida, possa fazê-la da maneira mais humana possível – pontuou.

Ainda sobre os idosos, Jorge Mario Bergoglio destacou que não é possível aceitar quem "acelera a morte" desses grupos. "Tantas vezes se vê, em uma parte social específica, que os idosos que não têm meios, recebem menos medicamentos do que têm necessidades e isso é desumano. Forçá-los para a morte não é humano, não é cristão. Os idosos devem ser cuidados como tesouros da humanidade, são a nossa sabedoria. Por favor, não isolem os idosos, não acelerem a morte deles", disse ainda aos fiéis.

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