As manifestações, que reuniram centenas de manifestantes vestidos de preto, levaram à intervenção policial.Mais de 100 policiais ficaram feridos e 290 manifestantes foram detidos.
Por Redação, com RTP e Reuters - de Paris
Milhares de franceses voltaram a sair às ruas, em protesto contra as medidas adotadas pelo presidente Emmanuel Macron, entre elas o aumento da idade para aposentadoria.
As manifestações, que reuniram centenas de manifestantes vestidos de preto, levaram à intervenção policial. Os protestos, liderados por sindicatos, marcaram o Dia Internacional do Trabalho, comemorado na segunda-feira.
Mais de 100 policiais ficaram feridos e 290 manifestantes foram detidos. Só na capital francesa saíram às ruas mais de 500 mil pessoas.
Mobilização dos franceses
O vereador da Câmara de Paris, Hermano Sanches, destacou a grande mobilização dos franceses. Ele está convencido de que os franceses vão voltar às ruas nos próximos dias e diz que é de extrema importância encontrar um consenso.
Sanches disse que 1,6 milhão de euros já foram gastos pela Câmara de Paris, com os objetos destruídos nas ruas e os incêndios, desde o início das manifestações.
Também há relatos de violência em Lyon e Nantes, onde foram incendiados veículos e vandalizados estabelecimentos comerciais.
Polícia de Paris dispara gás lacrimogêneo
Trabalhadores de toda a França fizeram protestos na segunda-feira contra o aumento da idade de aposentadoria proposto pelo presidente Emmanuel Macron, levando a polícia a lançar gás lacrimogêneo contra manifestantes em Paris e na cidade de Nantes, no oeste do país, ao mesmo tempo que diversas pessoas participaram das comemorações do Dia do Trabalho em toda a Europa.
A popularidade de Macron caiu para mínimas recordes atingidas durante a crise dos "coletes amarelos", após rejeitar os apelos dos sindicatos e aumentar a idade de aposentadoria para 64 anos, enfrentando greves em diversos setores.
A medida consolidou o descontentamento com um presidente visto por muitos como indiferente às dificuldades cotidianas. Macron foi recebido com vaias, panelaços e provocações durante as marchas.
Reforma previdenciária
Sophie Binet, líder do sindicato de extrema esquerda CGT, disse que a reforma previdenciária deixou Macron isolado.
– O executivo não pode governar sem o apoio de seu povo – disse Binet antes do protesto em Paris, acrescentando que seu sindicato ainda não decidiu conversar com o governo sobre outros assuntos relacionados ao trabalho nas próximas semanas.