Nesta cidade, cerca de 200 mil pessoas estão vivendo sob o cerco imposto pelos jihadistas do EI, lutando contra terríveis condições humanitárias derivadas da escassez de água e comida
Por Redação, com Sputnik Brasil - de Beirute:
O Exército sírio tomou o controle de uma parte da rodovia que liga o campo petrolífero de Al-Tim e a cidade de Mayadin, disse uma fonte local à agência russa de notícias Sputnik.
– O Exército sírio prosseguiu mais 4 km para o interior do território na região de Wadi Al-Tim. O Exército tomou o controle sobre parte da rodovia que liga a jazida petrolífera de Al-Tim e a cidade de Mayadin, nos arredores da cidade de Deir ez-Zor – disse a fonte.
Segundo a fonte, os combates violentos fizeram vítimas mortais entre os militantes do Estado Islâmico.
Wadi al-Tim fica 20 km a oeste da cidade de Deir ez-Zor.
Nesta cidade, cerca de 200 mil pessoas estão vivendo sob o cerco imposto pelos jihadistas do EI, lutando contra terríveis condições humanitárias derivadas da escassez de água e comida e de uma total falta de energia elétrica, de acordo com as Nações Unidas.
A Rússia tem fornecido ajuda humanitária ao povo sírio, inclusive por meio de esforços conjuntos com Damasco, em particular a Deir ez-Zor.
Futuro da Síria
O povo sírio ficou surpreendido ao saber que a Rússia iria retirar a maior parte do seu grupo aéreo da Síria. Entretanto, os sírios continuam acreditando na Rússia porque futuro da Síria depende de suas decisões, disse Ali al-Ahmad, cientista político sírio.
– O povo sírio depositou e ainda deposita as suas grandes esperanças na parte russa e concretamente no presidente Vladimir Putin. A decisão de ontem, com certeza, foi uma surpresa. É impossível dizer que este assunto não preocupa o povo sírio, pelo contrário, preocupa muito. As pessoas querem saber porque foi tomada esta decisão tendo em conta que lutamos contra o terrorismo em conjunto. O futuro do povo sírio e da Síria depende muito de tais decisões – afirmou o destacado cientista político sírio, Ali al-Ahmad, em entrevista à RIA Novosti.
O especialista pensa que a retirada da Força Aeroespacial russa da Síria pode ser um sinal para todas as partes das negociações em Genebra de que a solução política da crise síria é possível.
– Isso devem entender os EUA e aqui, na região, a Turquia e a Arábia Saudita. Por isso, não penso que haja um lado negativo nesta decisão. Pomos sempre a nossa esperança na parte russa e sabemos que podemos continuar contando com a Rússia. A Rússia não tomará tais decisões somente por causa da Síria, mas também nos interesses da sua segurança, e não abandonará a Síria. Porque a segurança nacional da própria Rússia depende da situação na Síria – disse o especialista.
Na opinião de al-Ahmad, todas as partes do conflito sírio sabem que a Rússia não deixou a região do Oriente Médio e que os países ocidentais “sentiram a força da Rússia na Síria” e agora irão “agir de forma mais cautelosa na região”.
Na segunda-feira, o presidente russo Vladimir Putin ordenou ao ministro da Defesa da Rússia começar desde esta terça-feira o processo de retirada, porque todos os objetivos da aviação russa na Síria já foram atingidos. Acrescentou também que o ponto de abastecimento da Rússia em Tartus e a base aérea de Hmeymim irão operar de mesmo modo.