Giancarlo Fisichella, da Renault, correu tranquilamente para a vitória no Grande Prêmio da Austrália, que abriu a temporada, para dar à Fórmula 1 umas reviravolta muito esperada, depois de um ano de domínio da Ferrari.
"Foi fácil do início ao fim", disse o italiano, que largou na pole position em sua estréia pela equipe francesa.
Enquanto o pequeno romano celebrava sua segunda vitória em 142 corridas, Michael Schumacher, da Ferrari, começou mal a luta por seu oitavo título, com o pior início de temporada de uma carreira cheia de quebra de recordes.
O alemão, que venceu facilmente os cinco primeiros grandes prêmios do ano passado e ganhou 13 de 18 corridas, largou na parte de trás do grid e não conseguiu terminar a corrida, depois de se envolver em uma acidente com seu compatriota Nick Heidfeld, da Williams.
Sobrou para o brasileiro Rubens Barrichello, normalmente o leal piloto número dois, mostrar que a campeã Ferrari continua uma força a ser reconhecida, apesar de deixar o novo carro em casa.
Ele terminou em segundo, à frente de Fernando Alonso, o espanhol companheiro de Fisichella, que fez uma corrida brilhante, depois de largar em 13 e ficar por 17 voltas atrás da Sauber do canadense Jacques Villeneuve.
"Isso mostra que não há crise na Ferrari. Estamos aqui, vamos lutar", disse Barrichello. "Continuamos com nosso carro antigo e o novo carro vai nos dar ainda mais prazer."
A Renault lidera o campeonato de construtores com 16 pontos, enquanto a Ferrari tem oito. A estreante Red Bull é a terceira, com sete.
O britânico David Coulthard, da Red Bull, conseguiu o que se pode considerar um resultado sensacional, correndo boa parte da prova em segundo e terminando em quarto, enquanto o australiano Mark Webber, da Williams, foi o quinto.
O colombiano Juan Pablo Montoya terminou em sexto na sua estréia na McLaren e o austríaco Christian Klien deu à Red Bull mais dois pontos com seu sétimo lugar.
O finlandês Kimi Raikkonen foi o oitavo, ele que largou dos boxes depois de ter sido empurrado do grid durante a primeira largada da corrida, que foi abortada.
"Eu fui bem conservador, nunca cheguei ao limite do carro, exceto ao final da prova, quando Rubens estava se aproximando de mim e eu andei um pouco mais rápido", disse Fisichella, que venceu com vantagem de 5,5 segundos.
Melbourne compensou o vazio de sua primeira vitória, pela Jordan, no tumultuado grande prêmio do Brasil de 2003. Na época, ele só foi declarado vencedor depois de alguns dias depois da prova, em razão de um erro de cronometragem.
Schumacher tem 81 vitórias a mais que Fisichella, mas terá que esperar até a próxima corrida, na Malásia, para acrescentar mais uma a estas.
Heidfeld derrapou em direção à Ferrari de Schumacher e a jogou para a brita na curva três, e ainda que o alemão tenha sido empurrado de volta à pista, ele levou o carro aos boxes e abandonou o prova.
"Eu vi o incidente como um filme: Heidfeld foi para a grama e então não tinha controle total de seu carro. Não posso culpá-lo por tentar me ultrapassar", disse Schumacher.
A corrida do atual campeão já havia sido arruinada com a 19 posição no grid de largada, com uma troca de motor antes da corrida, e depois que a chuva repentina houvesse prejudicado seu treino de classificação no sábado.
A prova de Webber, depois de ter largado em terceiro, deu à torcida local algo a comemorar, mas deixou o australiano ainda buscando um resultado melhor que o quinto lugar de ontem, mesma posição que conseguiu em sua estréia na categoria em 2002.
A Williams pelo menos pareceu mais forte do que deu a entender aos observadores, ao contrário da vice-campeã de 2004, a BAR, que não completou a priva com nenhum dos seus carros.
"Claramente esta não é a maneira como queríamos começar a temporada e temos muito trabalho à frente para voltarmos no lugar onde precisamos estar", disse o britânico Jenson Button.
Narain Karthikeyan, primeiro piloto indiano de terminou em 15 para a