A partida foi interrompida logo aos cinco minutos após agentes da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) terem ido ao gramado da Neo Química Arena, em São Paulo, para exigir a deportação de quatro atletas argentinos que mentiram no formulário sanitário anticovid na entrada no país.
Por Redação, com ANSA - de Brasília
A Fifa se manifestou após a suspensão do jogo entre Brasil e Argentina durante as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022 no domingo. A partida foi interrompida logo aos cinco minutos após agentes da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) terem ido ao gramado da Neo Química Arena, em São Paulo, para exigir a deportação de quatro atletas argentinos que mentiram no formulário sanitário anticovid na entrada no país. "A Fifa pode confirmar que após a decisão dos árbitros, a partida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022 entre Brasil e Argentina foi suspenso. Mais detalhes serão divulgados no tempo devido", escreveu no Twitter por meio de sua conta de mídia. Após a confusão, a Anvisa atualizou o comunicado e disse que todas as partes envolvidas no caso do Brasil e da Argentina haviam sido informadas sobre as irregularidades ainda no sábado. Citando que estava acompanhando o caso desde a chegada da seleção argentina na sexta-feira, a agência reforçou as determinações sanitárias. "Por força dessa comunicação, ainda na tarde de sábado ocorreu a reunião já referida envolvendo o Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, representantes da Conmebol, da CBF e da delegação argentina. Durante essa reunião, a Anvisa, em conjunto com a autoridade de saúde local, determinou a quarentena dos jogadores", diz o comunicado atualizado na manhã desta segunda-feira. "Na manhã de domingo, a Anvisa notificou a Polícia Federal e, até a hora do início do jogo, esforçou-se, com apoio policial, para fazer cumprir a medida de quarentena imposta aos jogadores, sua segregação imediata e sua condução ao recinto aeroportuário. As tentativas foram frustradas, desde a saída da delegação do hotel, e mesmo em tempo considerável antes do início do jogo, quando a Agência teve sua atuação protelada já nas instalações da arena de Itaquera", acrescenta a nota. A Anvisa ainda informou que a decisão de interromper o jogo "nunca esteve, nesse caso, na alçada de atuação da Agência". "Contudo, a escalação de jogadores que descumpriram as leis brasileiras e as normas sanitárias do país, e que ainda prestaram informações falsas às autoridades, isso sim exigiu a atuação da Agência de Estado a tempo e a modo, ou seja, de maneira tempestiva e efetiva", finaliza.