Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Facebook diz que proibirá anúncios que questionem a legitimidade das eleições

Para os pesquisadores, a medida não enfrenta o problema, “apenas dá mais trabalho para os propagadores desse tipo de conteúdo, que pode ser replicado infinitamente por diversos perfis diferentes”, algo não considerado no memorando.

Quarta, 17 de Agosto de 2022 às 10:21, por: CdB

Para os pesquisadores, a medida não enfrenta o problema, “apenas dá mais trabalho para os propagadores desse tipo de conteúdo, que pode ser replicado infinitamente por diversos perfis diferentes”, algo não considerado no memorando.

Por Redação, com RBA - de Brasília

A Meta, dona do Facebook, informou na terça-feira que proibirá postagens pagas que questionem a legitimidade das eleições. “A remoção de conteúdos que violam nossas políticas voltadas para supressão de votos, está entre nossas respostas a potenciais interferências ao processo eleitoral”, declarou a empresa. “Além disso, não permitimos incitação à violência e proibimos discurso de ódio.”
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Big Techs têm falhas na checagem de conteúdos inverídicos sobre o processo eleitoral
Um relatório de pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital, da UFBA, publicado na semana passada, aponta que a dois meses da eleição as plataformas de tecnologia, como aplicativos de mensagens, redes sociais e sites de veiculação de vídeos, ainda representam entraves no enfrentamento às fake news.

Tribunal Superior Eleitoral

Apesar de firmarem um memorando de entendimento com o Tribunal Superior Eleitoral, as big techs falham na checagem de conteúdos, na agilidade para processar denúncias e na transparência para combater a desinformação, segundo o estudo. O relatório destaca, em especial, brechas nas redes sociais do grupo Meta (Facebook, WhatsApp e Instagram) e no Google (YouTube). O Facebook, por exemplo, não garante que notícias falsas serão removidas, mas terão apenas o alcance reduzido. Para os pesquisadores, a medida não enfrenta o problema, “apenas dá mais trabalho para os propagadores desse tipo de conteúdo, que pode ser replicado infinitamente por diversos perfis diferentes”, algo não considerado no memorando.  
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