Rio de Janeiro, 15 de Junho de 2025

Facção criminosa mata policial civil e Core ocupa Cidade de Deus

José Antônio Lourenço, policial civil, foi baleado durante operação contra venda de gelo contaminado na Cidade de Deus. A investigação continua.

Segunda, 19 de Maio de 2025 às 13:05, por: CdB

José Antônio Lourenço chegou a ser levado em estado grave para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu. Agentes tentam localizar os envolvidos no homicídio.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

Um policial civil da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) morreu após ter sido baleado durante uma operação na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, na manhã desta segunda-feira.

Facção criminosa mata policial civil e Core ocupa Cidade de Deus | José Antônio Lourenço
José Antônio Lourenço

José Antônio Lourenço chegou a ser levado em estado grave para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu. Agentes tentam localizar os envolvidos no homicídio.

O caso aconteceu durante uma ação da Polícia Civil e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que tinha como objetivo desarticular uma rede de fabricação e comercialização de gelo contaminado que abastecia bares e quiosques nas praias da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. A investigação teve início após uma blitz realizada em fevereiro, quando laudos técnicos constataram a presença de coliformes fecais no produto distribuído.

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Em um dos endereços alvos dentro da comunidade Cidade de Deus, José Antônio foi baleado e não resistiu.

“A perda de um dos nossos é sentida com dor e indignação. A Sepol se solidariza com os familiares, amigos e colegas neste momento de luto, também vivido por cada um da instituição. As diligências para identificar os responsáveis por esse ataque covarde já estão em andamento”, diz nota da instituição.

A operação

A ação desta segunda é um desdobramento direto das apreensões feitas em fevereiro, quando quatro caminhões carregados com gelo de procedência duvidosa foram interceptados a caminho de pontos comerciais da orla carioca. O material foi submetido a análise laboratorial pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), que produziu um laudo de potabilidade apontando contaminação por coliformes fecais e outras substâncias prejudiciais à saúde humana.

Durante a operação, agentes da Delegacia do Consumidor e do Inea cumpriram 10 mandados de busca e apreensão em diferentes endereços ligados à produção e ao transporte do gelo.

De acordo com os investigadores, ao menos uma das fábricas responsáveis pela produção irregular funcionava na Cidade de Deus em condições precárias de higiene e sem qualquer tipo de fiscalização sanitária ou licença ambiental. O produto era vendido embalado, sem identificação adequada, a comerciantes da zona litorânea, colocando em risco milhares de consumidores.

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