Rio de Janeiro, 26 de Dezembro de 2024

Expectativa de vida bate novo recorde nos EUA

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Segunda, 28 de Fevereiro de 2005 às 13:43, por: CdB

 Os norte-americanos estão vivendo mais tempo, graças em parte à queda na mortalidade decorrente de doenças cardíacas, câncer e derrame, disse o governo dos Estados Unidos na segunda-feira.

A expectativa de vida média nos Estados Unidos subiu de 77,3 anos em 2002 para o recorde de 77,6 anos em 2003, segundo os dados mais recentes dos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças.

Embora as mulheres ainda vivam mais que os homens - 80,1 anos contra 74,8 anos, em média -, a diferença entre os sexos diminuiu, seguindo uma tendência de 25 anos, afirmou o CDC num relatório. No Brasil, segundo o IBGE, a expectativa média de vida ao nascer em 2003 era de 71,3 anos (75,2 para mulheres e 67,6 para homens).

O CDC, responsável pelo monitoramento dos tratamentos de saúde nos EUA, atribuiu o crescimento da expectativa de vida a quedas correspondentes em oito das 15 principais causas de morte no país.

Foram essenciais os declínios significativos na mortalidade decorrente de doenças cardíacas, câncer e derrame, as três doenças que mais matam. As taxas de mortalidade para esses problemas caíram para entre 2,2 por cento e 4,6 por cento.

- Esses são os três grandes - disse Donna Hoyert, estatística do CDC e principal autora do relatório.

- Eles conduzem todo o resto, por terem números tão grandes.

A redução na mortalidade pelo HIV, pelo excesso de drogas e álcool e em decorrência de armas de fogo também ajudaram a elevar a expectativa de vida no país.

Houve 2.443.930 mortes em 2003, segundo os dados do CDC, que são preliminares. A taxa geral de mortalidade caiu 1,7 por cento em relação a 2002, depois de ajustada à distribuição etária da população.

Os dados foram divulgados em meio à crescente preocupação sobre os efeitos da epidemia de obesidade no país. Especialistas já advertiram para o inevitável aumento nas doenças cardíacas, no diabete e em outras doenças se os norte-americanos não emagrecerem.

Os EUA estão enfrentando dificuldades para cuidar da população idosa. As taxas de mortalidade em decorrência das doenças de Alzheimer e Parkinson cresceram em 2003, disse o CDC.

Os dados da agência também ressaltaram a permanência das disparidades raciais. Os homens negros vivem em média 6,2 anos menos que os brancos, e as mulheres negras, 4,4 anos menos que as brancas.

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