A investigação do Exército Brasileiro iniciou com a “discrepância no controle” do arsenal. Das 21 armas que sumiram, 13 eram metralhadoras calibre 50, com capacidade para derrubar aeronaves, e 8 eram calibre 7,62.
Por Redação, com Poder360 - de São Paulo
O Comando Militar do Sudeste confirmou que prendeu preventivamente dois militares suspeitos de envolvimento no furto de armas do Arsenal de Guerra em Barueri (SP), em 10 de outubro de 2023. As apreensões foram feitas depois de decisão proferida pelo STM (Superior Tribunal Militar).
Ainda segundo a corporação, os mandados de prisão foram cumpridos na última sexta-feira. Os militares passaram por audiência de custódia no sábado. A Justiça Militar da União deliberou pela “manutenção da segregação cautelar dos suspeitos”.
A investigação do Exército Brasileiro iniciou com a “discrepância no controle” do arsenal. Das 21 armas que sumiram, 13 eram metralhadoras calibre 50, com capacidade para derrubar aeronaves, e 8 eram calibre 7,62.
Em nota divulgada à época, o Comando Militar disse que os armamentos estavam “inservíveis”, ou seja, não funcionavam adequadamente e tinham sido recolhidos para manutenção.
Eis a íntegra da nota da prisão dos militares:
“O Comando Militar do Sudeste informa que a Justiça Militar da União decretou a prisão preventiva de dois militares suspeitos de envolvimento na subtração das armas do Arsenal de Guerra de São Paulo. O mandado foi cumprido em 23 de fevereiro, sexta-feira.
“A audiência de custódia foi realizada no dia seguinte, tendo o Juízo competente decidido pela manutenção da segregação cautelar dos suspeitos.”
Militar dono de arsenal em apartamento
Dono de um arsenal particular e pólvora armazenados dentro de seu apartamento na cidade de Campinas, interior paulista, o coronel reformado do Exército Virgílio Parra Dias, de 69 anos, foi internado na madrugada de hoje no Hospital Municipal Doutor Mário Gatti.
Ele apresentava ferimento no pescoço. Registro da Polícia Civil campineira aponta ele foi encontrado caído em uma praça da cidade e socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O estado de saúde é estável.
Parra Dias é dono de um apartamento localizado no bairro Botafogo que foi destruído por incêndio no último sábado. O fogo foi provocado pela explosão de um artefato do arsenal, que continha 111 armas, munição, pólvora e granada.
O militar estava sendo procurado pela polícia desde o dia da explosão para prestar esclarecimentos. Durante o incêndio, moradores precisaram evacuar o edifício e 44 pessoas foram retiradas do prédio com ajuda dos Bombeiros, 34 receberam atendimento médico.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a Polícia Civil investiga o caso por meio de inquérito policial instaurado pelo 1º Departamento de Polícia de Campinas. O Comando Militar do Sudeste abriu um processo administrativo para apurar irregularidades na situação cadastral do arsenal encontrado no apartamento de Parra Dias.