Anteriormente, um tribunal boliviano emitiu mandados de prisão para Jeanine Añez, a ex-presidente interina que tomou o poder em um golpe de Estado no final de 2019.
Por Redação, com Sputniknews - de La Paz
A ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, foi presa neste sábado, escondida dentro de uma cama de fundo falso. Áñez é acusada de terrorismo, conspiração e sedição devido aos eventos que sucederam à renúncia do ex-presidente boliviano Evo Morales, ainda em novembro de 2019. A informação foi confirmada pelo Ministro do Interior, Eduardo del Castillo.
O local e a hora exata da prisão não foram divulgados e a promotoria não anunciou publicamente o mandado. Os ex-ministros que apoiaram seu governo provisório de um ano também foram detidos pelas autoridades, reporta a agência AFP.
Ascensão e queda de Añez
Evo Morales deixou o poder após acusações de fraude eleitoral contra sua reeleição, em primeiro turno, para um terceiro mandato, em 2019. À época o alto escalão das Forças Armadas exigiu a saída do ex-presidente do poder, abrindo caminho para o golpe que levou Áñez à Presidência.
Añez deixou o cargo no início de novembro, quando Luis Arce, do Movimento pelo Socialismo (MAS), assumiu o cargo, tendo vencido uma eleição esmagadora em 18 de outubro. A votação foi adiada várias vezes, gerando protestos e alimentando temores de uma quinada para ainda mais longe da democracia.
A denúncia contra Añez partiu de um bloco de deputados e ex-deputados do MAS. A Justiça boliviana responsabiliza parte dos acusados pela morte de mais de 30 pessoas durante a repressão aos protestos contra a saída de Evo do poder.