O pedido de “máxima pressão sobre Israel” foi feito durante videoconferência, cujos ministros da Defesa da Itália, Guido Crosetto, e da França, Sébastien Lecornu, presidiram nesta quarta-feira.
Por Redação, com ANSA – de Bruxelas
Os ministros da Defesa de 16 países europeus expressaram a intenção de pressionar Israel para evitar novos ataques contra as bases da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), em meio aos confrontos com os militantes do grupo xiita Hezbollah.
O pedido de “máxima pressão sobre Israel” foi feito durante videoconferência, cujos ministros da Defesa da Itália, Guido Crosetto, e da França, Sébastien Lecornu, presidiram nesta quarta-feira.
Segundo comunicado oficial, os ministros expressaram a “vontade compartilhada de exercer a máxima pressão política e diplomática sobre Israel para que novos incidentes não ocorram”.
“Ao mesmo tempo, foi esclarecido que o Hezbollah não pode usar o pessoal da Unifil como escudo no contexto do conflito”, acrescentou o texto.
Além disso, os ministros da defesa também concordaram com a “importância de manter uma presença estável no Líbano, enfatizando que cada decisão sobre o futuro da missão da Unifil precisará ser tomada coletivamente dentro da ONU”.
A reunião promovida por Crosetto e Lecornu teve o “objetivo de definir a ação unitária para a contribuição europeia à missão da Unifil à medida dos recentes desenvolvimentos no sul do Líbano”.
Os representantes da Defesa dos 16 países do bloco expressaram, “com força, a necessidade de revisar as regras de engajamento para permitir que a Unifil opere de forma mais eficaz e segura”.
Eles ainda demonstraram uma “preocupação unânime com a situação na região, condenando veementemente os ataques que atingiram as bases da Unifil, colocando em risco a segurança dos militares envolvidos na missão das Nações Unidas”.
Proteção do pessoal da Unifil
Por fim, foi destacada a importância de garantir o pleno respeito pelo mandato e a proteção do pessoal da Unifil, instando a comunidade internacional a manter o compromisso constante e resoluto”.
Os ministros e representantes de França, Itália, Espanha, Áustria, Croácia, Finlândia, Grécia, Irlanda, Letônia, Países Baixos, Polônia, Alemanha, Estônia, Hungria, Malta e Chipre ainda reiteraram que “o fracasso ou a implementação parcial da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU não pode de forma alguma justificar ataques contra as forças da Unifil.
Todos também concordaram na necessidade de reforçar as forças armadas libanesas, através de apoio adequado à formação e financiamento internacional, “para que possam tornar-se uma força credível e contribuir para a estabilidade da região com o apoio da Unifil”.
Mais cedo, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, já havia enfatizado que a “Unifil desempenha um papel importante no Líbano”, respeita isso e quer que “todos respeitem esse papel, incluindo Israel”.