Tanto a fiscalização do CBP quanto a do Brasil acusam as gigantes chinesas de usarem múltiplos registros para enviar itens importados isentos de impostos, driblando as taxas como pacotes diretos ao consumidor.
Por Redação, com Canaltech – de Washington
Assim como acontece no Brasil, os Estados Unidos estão preocupados com os bilhões de dólares em pedidos de compras eletrônicas populares de gigantes varejistas chinesas, em especial Shein e Temu. Ambos os governos vêm olhando com mais rigor os produtos que estariam driblando o pagamentos de impostos com “múltiplos corretores”.
Os pedidos isentos de taxas, com valor médio de US$ 50, devem somar 1 bilhão de pacotes em 2024 em território ianque, de acordo com a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (U.S. Customs and Border Protection – CBP). Especialistas já preveem atrasos e gargalos nas entregas de itens importados.
Tanto a fiscalização do CBP quanto a do Brasil acusam as gigantes chinesas de usarem múltiplos registros para enviar itens importados isentos de impostos, driblando as taxas como pacotes diretos ao consumidor.
Suposto contrabando
Para apertar o cerco ao suposto contrabando, o CBP anunciou no final da semana passada que suspendeu “múltiplos corretores” de um programa de liberação acelerada para as importações isentas de impostos e diretas ao consumidor. De acordo com especialistas alfandegários consultados pela Reuters, até seis empresas foram suspensas.
A ação do CBP acontece em meio à intensa pressão política do ano eleitoral sobre o governo Biden para proteger as empresas estadunidenses. Alguns legisladores dizem que as regras atuais favorecem vantagens injustas às chinesas, em detrimento dos comerciantes locais.