Ainda segundo o executivo, “o programa Mover do governo federal foi o catalisador desse movimento ao promover vários indutores e incentivos. Os aportes serão realizados até 2030, abrangendo novas plantas industriais e o desenvolvimento de uma nova geração de carros híbridos”.
Por Redação - de São Paulo
“Produzido com cana-de-açúcar, milho e derivados, o etanol é o biocombustível que desponta como uma solução simples, eficiente e competitiva no esforço pela descarbonização do planeta. Já consolidado no mercado, esse combustível renovável é uma das razões pelas quais o Brasil se tornou o epicentro de uma rodada de investimentos de R$ 117 bilhões de grandes montadoras de veículos, um volume recorde”. A informação consta do artigo publicado nesta segunda-feira pela mídia conservadora, assinado por Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Conselho de Administração do Bradesco.

Ainda segundo o executivo, “o programa Mover do governo federal foi o catalisador desse movimento ao promover vários indutores e incentivos. Os aportes serão realizados até 2030, abrangendo novas plantas industriais e o desenvolvimento de uma nova geração de carros híbridos”.
“Trata-se de uma vitória da matriz energética brasileira. O País foi pioneiro em energia renovável há quase meio século, em 1975, com a criação do Proálcool. Na época, o Brasil importava 80% dos combustíveis, hoje é exportador líquido. O programa nasceu para proteger o país das altas do petróleo”, acrescentou.
Carro elétrico
De acordo com Trabuco, “é preciso comemorar. Inicialmente, o Proálcool consistia só na adição de etanol à gasolina. Com o tempo foi ocupando espaços, com o desenvolvimento de motores a álcool. O primeiro protótipo flex surgiu em 1994. Em 2005, a Embraer anunciou a produção de um avião movido a etanol”.
“Os vilões do aquecimento global são os combustíveis fósseis. E os veículos com motores a combustão estão entre os principais responsáveis pelas emissões de CO₂. Uma solução apontada é a substituição dos motores de combustão pelos elétricos. Todavia, a matriz energética de diversos países ainda se baseia no carvão e outros combustíveis fósseis. O carro elétrico não emite gases diretamente, mas a energia usada nesses países, sim”, pontuou.
O banqueiro, por fim, considera que “o caminho pragmático seria a convivência das várias matrizes de modo a suavizar os custos e impactos da transição energética. O etanol torna-se assim solução rápida e econômica entre várias alternativas”.