Rio de Janeiro, 07 de Dezembro de 2025

Estudo aponta que Geração Z resgata moda dos anos 2000

Estudo revela que a Geração Z está trazendo de volta as mesas compartilhadas, resgatando a socialização em refeições e criando novas experiências fora da tela.

Quarta, 19 de Novembro de 2025 às 12:50, por: CdB

Um novo estudo sobre refeições realizado em 2025 confirma que as pessoas mais jovens não apenas se sentem à vontade para comer com estranhos, como também consideram esse um dos melhores ambientes para socializar.

Por Redação, com Europa Press – de Madri

Durante anos, as mesas compartilhadas pareciam ser coisa do passado: uma lembrança daqueles restaurantes e cafés dos anos 2000 em que estranhos se sentavam lado a lado sem que ninguém considerasse isso estranho. No entanto, essa imagem que parecia ter sido arquivada na nostalgia está voltando com força* e isso está acontecendo graças à Geração Z.

Estudo aponta que Geração Z resgata moda dos anos 2000 | Pesquisa indica retorno de tendência dos anos 2000 entre jovens
Pesquisa indica retorno de tendência dos anos 2000 entre jovens

Um novo estudo sobre refeições realizado em 2025 confirma que as pessoas mais jovens não apenas se sentem à vontade para comer com estranhos, como também consideram esse um dos melhores ambientes para socializar. Em uma época marcada pelo cansaço digital e pela necessidade de experiências mais autênticas, essa geração reviveu – e reinterpretou – um costume que muitos pensavam ter acabado.

O relatório, baseado em uma pesquisa representativa de mil adultos norte-americanos realizada pela DKC Analytics, mostra uma mudança cultural inesperada: para a Geração Z, as experiências compartilhadas são mais importantes do que a privacidade na mesa de jantar. E, nessa arena, as mesas comunitárias voltaram a ocupar o centro do palco.

O retorno das mesas compartilhadas: um renascimento liderado pela Geração Z

De acordo com os dados da pesquisa, 90% dos jovens de 18 a 29 anos dizem que gostam de comer em mesas compartilhadas. Esse é um número impressionante em comparação com as gerações anteriores: entre os Baby Boomers, apenas 60% dizem que se sentem confortáveis nesse tipo de espaço.

A explicação parece clara: para essa geração, o restaurante se tornou um local privilegiado para se reconectar com pessoas fora da tela. Esse formato favorece a conversa casual, os encontros espontâneos e, ocasionalmente, algo mais:

Um em cada três jovens diz ter feito uma nova amizade em uma mesa compartilhada.

Um em cada sete admite ter saído em um encontro graças a uma dessas experiências.

O estudo acrescenta que Washington D.C. é a cidade onde a maioria dos comensais acaba se sentando nesse tipo de mesa, seguida por grandes centros gastronômicos, como Nova York ou Chicago.

O poder da socialização fora da tela

Embora possa parecer uma moda passageira, o relatório aponta que esse ressurgimento está intimamente relacionado ao cansaço da vida digital. Refeições sem celular, conversas espontâneas e o ato de compartilhar o espaço estão fazendo sentido novamente em um mundo saturado de notificações.

A pesquisa confirma que 63% dos comensais consideram as mesas compartilhadas um lugar ideal para “conhecer novas pessoas” e que metade dos entrevistados afirma ter tido conversas interessantes com estranhos enquanto comiam. Em outras palavras: o que antes era um formato conveniente agora é uma experiência social muito procurada.

Por que essa tendência está voltando (e por que ela se conecta com a Geração Z)

No início dos anos 2000, as mesas longas faziam parte da estética de muitas cafeterias e restaurantes casuais. Elas desapareceram com o tempo, mas a nova geração as está trazendo de volta por motivos diferentes: elas estão procurando mais espaços sociais, experiências compartilhadas e lugares para se desconectar dos celulares e se conectar com pessoas reais.

O estudo sugere que as mesas comunitárias não apenas incentivam a socialização, mas também ajudam os restaurantes a otimizar a capacidade de assentos e criar ambientes mais dinâmicos em um momento em que reservar uma mesa está se tornando cada vez mais difícil.

Embora o relatório reflita uma tendência observada nos Estados Unidos, aqui essa ideia tem sua própria nuance: na Espanha, sempre houve uma cultura de bares, mesas altas e terraços onde o compartilhamento de espaço é natural. Em vez de reviver uma tendência, a Geração Z parece estar reinterpretando um costume tradicional com códigos mais contemporâneos e sociais.

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