Durante o evento, o estudante filipino também falou francamente ao papa sobre a discriminação na sua região contra minorias, como a muçulmana, e pediu ao líder da Igreja Católica para permitir o divórcio nas Filipinas, único país do mundo onde o divórcio é ilegal.
Por Redação, com ANSA – da Cidade do Vaticano
Um estudante filipino advertiu o papa Francisco na quinta-feira e pediu para ele parar de usar linguagem ofensiva ao se referir à comunidade LGBTQIA+.
A declaração foi dada durante um encontro por videoconferência entre o Pontífice e alguns estudantes da Ásia, organizado pela Universidade Loyola.
Usando um lenço com as cores do arco-íris, Jack Lorenz Acebedo Rivera, um jovem de Mindanau e aluno da Universidade Ateneu de Manila, se dirigiu ao argentino e disse: “Por favor, pare de usar linguagem ofensiva contra a comunidade LGBTQIA+. Isso causa imensa dor”.
Reuniões à porta fechada no Vaticano
Recentemente, em reuniões à porta fechada no Vaticano, o papa utilizou duas vezes a palavra “frociaggine” (termo em italiano que pode ser traduzido como “viadagem”) para falar sobre uma seleção mais rigorosa no acesso aos seminários, criticando a admissão de pessoas “com tendências homossexuais”.
Após a primeira declaração, o líder religioso chegou a pedir desculpas a todos aqueles que se sentiram ofendidos pelo uso do termo ofensivo.
Durante o evento, o estudante filipino também falou francamente ao papa sobre a discriminação na sua região contra minorias, como a muçulmana, e pediu ao líder da Igreja Católica para permitir o divórcio nas Filipinas, único país do mundo onde o divórcio é ilegal.
Apesar de não ter respondido diretamente às afirmações de Jack, Jorge Bergoglio o aconselhou a diferenciar o amor verdadeiro do falso. “Escolha sempre o amor verdadeiro”, enfatizou.