A delegação dos EUA se recusou a aprovar a agenda do Órgão de Solução de Controvérsias que deveria tratar de vários pontos, incluindo um pedido venezuelano para suspender as sanções e medidas dos EUA contra o governo de Maduro.
Por Redação, com Sputnik - de Washington
Os Estados Unidos bloquearam uma reunião do órgão de disputa da Organização Mundial do Comércio (OMC) nesta terça-feira por não reconhecerem Nicolás Maduro como presidente da Venezuela.
A delegação dos EUA se recusou a aprovar a agenda do Órgão de Solução de Controvérsias que deveria tratar de vários pontos, incluindo um pedido venezuelano para suspender as sanções e medidas dos EUA contra o governo de Maduro.
A aprovação da agenda do Órgão de Solução de Controvérsias requer consenso. Esse adiamento é raro, e a mudança equivale a uma nova tática dos EUA para tentar aumentar a pressão contra Maduro.
Os Estados Unidos reconheceram o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela.
Fracasso dos EUA na Venezuela
A Câmara dos Representantes dos EUA provou unilateralmente um projeto de lei para combater a influência da Rússia na Venezuela. O passo foi dado devido aos planos fracassados da Casa Branca quanto ao país caribenho, opina o analista político russo Vladimir Shapovalov.
Nessa conexão, o analista político russo e vice-diretor do Instituto de Historia e Política da Universidade Estatal Pedagógica de Moscou, Vladimir Shapovalov, explicou ao serviço russo da Rádio Sputnik que objetivo os EUA pretendem alcançar com recentes ações.
– As declarações sobre a interferência de outros países nos assuntos da Venezuela é uma hipocrisia descarada. As últimas ações dos EUA em relação à Venezuela servem de exemplo de violação dura de todas as regras internacionais e interferência nos assuntos internos de um Estado soberano – afirmou.
De acordo com o analista, há anos os EUA intervêm nos assuntos internos da Venezuela, tentando derrubar as autoridades legítimas do país através de várias artimanhas. A crise na Venezuela "é criada artificialmente pelos Estados Unidos para derrotar o legítimo presidente eleito da Venezuela", acredita o analista. "Apesar da enorme pressão exercida pelos EUA, seu fantoche [Juan] Guaidó não está fazendo bem", enquanto "o presidente eleito mantém o controle sobre o país".– Nessa conexão, o Congresso estadunidense tenta encontrar uma justificativa e acusa suposto apoio externo prestado à Venezuela – explicou.
Ao mesmo tempo, ele confirmou que a Rússia "está prestando apoio à Venezuela, que é um país amistoso da Rússia e com qual temos relações boas em todas as áreas", destacando que é a "ajuda dada ao legítimo poder eleito, e que não está fora das normas internacionais e é bastante natural. Mas não se trata de nenhuma interferência nos assuntos internos da Venezuela por parte da Rússia". Entre as razões que estimulam Washington a inventar interferência russa, está o fracasso de investigação de laços entre a campanha eleitoral do presidente Donald Trump com a Rússia. Assim, os oponentes de Moscou tentam demonstrar que a "Rússia é um país que interfere nos assuntos internos de outros países", concluiu. A Venezuela vem sofrendo grave crise política há cerca de dois meses, depois que o líder da oposição do país, Juan Guaidó, proclamou-se ilegalmente presidente interino, contestando a reeleição do presidente venezuelano Nicolás Maduro no ano passado.