O aumento de casos de coronavírus nos Estados norte-americanos do Texas e da Flórida levaram autoridades a reverter esforços para reabrir suas economias, determinando que bares fechem novamente que restaurantes adotem restrições mais rígidas.
Por Redação, com DW - de Washington
O aumento de casos de coronavírus nos Estados norte-americanos do Texas e da Flórida levaram autoridades a reverter esforços para reabrir suas economias, determinando que bares fechem novamente que restaurantes adotem restrições mais rígidas.
Na manhã de sábado, a Flórida anunciou 9.585 novas infecções nas últimas 24 horas, segundo recorde consecutivo. Na sexta-feira, já haviam sido notificados 8.942 novos. Os dois números são significativamente mais altos que o recorde anterior do estado, de 5.511 novos casos diários, alcançado em 24 de junho.
Já o Texas registrou 9.585 infecções por coronavírus entre sexta-feira e sábado.
Os anúncios marcaram um grande passo atrás por ambos os Estados, dois dos primeiros impulsionadores nas tentativas de reabrir a economia, e um reconhecimento de que os números de infecções se tornaram muito preocupantes.
Os Estados Unidos registraram mais de 45.000 novos casos de covid-19 na sexta-feira, o maior aumento de um dia da pandemia. Mais de 2,5 milhões de norte-americanos já testaram positivo. Pelo menos 125.000 morreram em todo o país, mais do que em qualquer outro país, o Brasil é o segundo colocado, com 57 mil mortes.
No entanto, as autoridades de saúde do país estimam que o número real de casos é provavelmente 10 vezes maior que o total confirmado. Os Centros dos EUA para Controle de Doenças (CDC) estimam que até 20 milhões de nore-americanos podem ter sido infectados.
O principal especialista do governo dos EUA para a panmdemia, Anthony Fauci, disse na sexta-feira que o país estava com um "problema sério".
Coronavírus
Em uma coletiva da força-tarefa sobre coronavírus da Casa Branca, Fauci ainda disse que o aumento recente de casos foi causado por regiões "que talvez tenham voltado a abrir um pouco cedo demais" e pela pessoas que não seguem as orientações de distanciamento social. "As pessoas estão infectando outras pessoas e, finalmente, você infectará alguém vulnerável", disse.
Já o chefe do CDC, Robert Redfield, aponta que o aumento recente de casos está ocorrendo principalmente entre ao jovens, pessoas entre 18 e 34 anos, especialmente no sul e oeste dos EUA.
O número atual de mortes já ultrapassou as estimativas mais conservadora da Casa Branca, que projetava de 100 mil a 240 mil mortes devido à pandemia.
Já o presidente Donald Trump chegou a dizer que o número final seria de 50 mil a 60 mil, mas depois se retificou e previu até 110 mil mortes, um número que também foi ultrapassado.
O Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde da Universidade de Washington (IHME), cujos modelos de previsão da evolução da pandemia são frequentemente utilizados pela Casa Branca, estima que o país chegará a outubro com cerca de 180 mil mortes.