Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Equador autoriza pouso do avião da FAB no país

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Sábado, 23 de Abril de 2005 às 13:30, por: CdB

O Departamento de Aviação Civil do Equador autorizou a aterrissagem do avião da Força Aérea Brasileira que vai ao país resgatar o presidente deposto, Lucio Gutiérrez, para o exílio, em Brasília.

A autorização vale até segunda-feira, e a aeronave poderá sobrevoar ou pousar nos aeroportos Mariscal Sucre, em Quito, e Simón Bolívar, em Guayaquil. O avião segue estacionado na base de Porto Velho, de onde deve decolar nas próximas horas.

Agora, falta apenas o salvo-conduto chegar às mãos das autoridades brasileiras. O documento já teria sido concedido, segundo fontes oficiais.

Segundo diplomatas brasileiros, o clima em frente à residência do embaixador brasileiro, Sérgio Florencio Sobrinho, é "mais calmo", e o esquema de segurança para retirar Gutiérrez do país já está pronto.

O plano, porém, não será revelado até que o ex-presidente esteja em segurança, dentro do avião da FAB que o levará a Brasília. O embaixador brasileiro acredita que o embarque ocorrerá ainda neste final de semana. O salvo-conduto já teria sido emitido, mas ainda não chegou às mãos do embaixador.

"O clima está mais tranqüilo hoje, o que é mais um fator de otimismo", disse Florêncio à Globonews.

O avião da Força Aérea Brasileira aguarda em Rondônia a autorização para decolar rumo a Quito, de onde Gutiérrez será trazido ao Brasil. O asilo territorial foi concedido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na noite de sexta-feira, manifestantes impediram que o Sobrinho saísse de sua casa, na qual Gutiérrez está refugiado.

Sobrinho tentou sair de sua residência oficial em um veículo 4x4 com seu motorista. Os manifestantes cercaram o carro quando este saiu na Avenida 12 de Octubre e obrigaram o motorista a voltar para a casa, apesar dos esforços da polícia que protege a residência diplomática para separá-los e facilitar a saída do embaixador.

Há dois dias, dezenas de manifestantes se colocaram em frente à Embaixada do Brasil para impedir a saída de Gutiérrez, destituído na quarta-feira passada pelo Parlamento em uma decisão constitucionalmente duvidosa.

Os manifestantes que na sexta-feira à noite aumentaram em número e chegaram a várias centenas acusam Gutiérrez de "ditador", "corrupto" e "assassino" e pedem que seja processado pela justiça equatoriana.

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