Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Endividamento das famílias brasileiras afeta do pobre ao mais rico

Arquivado em:
Quarta, 08 de Fevereiro de 2023 às 09:51, por: CdB

Entre aqueles que ganham até três salários mínimos, os endividados são 79,2%. Já aqueles que ganham mais de dez salários são 74,4%. As famílias com dívidas em atraso, as chamadas inadimplentes, somam 29,9% do total, abaixo dos 30% de dezembro.

Por Redação - do Rio de Janeiro
A parcela de famílias com dívidas - em atraso ou não - se manteve em 78% na passagem de dezembro de 2022 para janeiro deste ano. Em janeiro do ano passado, o percentual era de 76,1%. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quarta-feira pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
dividas.png
O percentual de inadimplentes tem aumentado nos últimos meses, segundo estudo da CNC
Entre aqueles que ganham até três salários mínimos, os endividados são 79,2%. Já aqueles que ganham mais de dez salários são 74,4%. As famílias com dívidas em atraso, as chamadas inadimplentes, somam 29,9% do total, abaixo dos 30% de dezembro, mas acima dos 26,4% de janeiro do ano passado. Entre aquelas com renda de até três salários mínimos, 38,7% são inadimplentes. Já entre os que ganham mais de dez salários, a inadimplência atinge 13,5%. As famílias que não terão condições de pagar suas dívidas são 11,6%, percentual superior aos 11,3% de dezembro e aos 10,1% de janeiro de 2022. O problema atinge 17,4% daqueles que ganham até três salários mínimos e 2,9% dos que ganham mais de dez salários.

Perfil

Ainda segundo o estudo da CNC, tanto famílias de baixa renda como as de renda mais alta entraram em 2023 mais endividadas. A Peic conta agora com três novas divisões de faixas de renda no monitoramento do endividamento e da inadimplência. O objetivo é oferecer informações mais detalhadas sobre a percepção dos consumidores quanto ao uso do crédito e à capacidade de pagamento, informou a CNC. “Em comparação com janeiro de 2022, a parcela de famílias com dívidas cresceu mais nos dois extremos sociais considerados na Peic: entre as famílias com até três salários mínimos, alta de 2,7 pontos percentuais e no grupo com mais de dez salários mínimos a alta foi de 3,2 p.p.”, disse a CNC em nota. De acordo com a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, o nível geral de endividamento vem perdendo fôlego desde novembro. Em relação a janeiro de 2022, embora a proporção de famílias com dívidas tenha avançado 1,9 ponto porcentual, a taxa anual está em desaceleração contínua desde meados de 2022. — O cenário econômico como um todo, incluindo o desempenho positivo do mercado de trabalho, as políticas de transferência de renda e a inflação mais moderada são fatores que explicam o freio no endividamento, nos últimos meses. Na prática, essas três condições ampliaram a renda disponível — resumiu Ferreira.
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo