Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Endividamento atinge número maior de famílias brasileiras

Tanto as famílias com renda acima de dez salários mínimos quanto as que recebem abaixo desse patamar viram o endividamento crescer no mês passado. Para os mais ricos, a obtenção dívidas cresceu 0,8%, enquanto no segundo grupo a alta foi de 0,6%.

Segunda, 08 de Agosto de 2022 às 12:40, por: CdB

Tanto as famílias com renda acima de dez salários mínimos quanto as que recebem abaixo desse patamar viram o endividamento crescer no mês passado. Para os mais ricos, a obtenção dívidas cresceu 0,8%, enquanto no segundo grupo a alta foi de 0,6%.

Por Redação - de Brasília
O endividamento e a inadimplência das famílias brasileiras voltaram a subir e bateram recorde em julho, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo o levantamento, 78% das famílias brasileiras estão endividadas, e 29% estão com contas atrasadas –​ altas de 0,7% e de 0,5%, respectivamente, na comparação com junho. Os números são os maiores desde o início da pesquisa, em 2010.
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Os reajustes salariais não cobrem o custo da inflação e pressionam a renda dos trabalhadores
Tanto as famílias com renda acima de dez salários mínimos quanto as que recebem abaixo desse patamar viram o endividamento crescer no mês passado. Para os mais ricos, a obtenção dívidas cresceu 0,8%, enquanto no segundo grupo a alta foi de 0,6%. Já a parcela dos inadimplentes que declararam não ter condição de quitar débitos ficou em 10,7% em julho, acima de junho (10,6%) e de julho de 2021 (10,9%).

Inadimplência

Esse grupo é composto principalmente por consumidores que não concluíram o ensino médio (13%), que também foram os que mais precisaram atrasar pagamentos no próprio mês de julho (33,3%). — A alta dos indicadores de inadimplência, após queda nos meses de abril, maio e junho, indica que as medidas extraordinárias de suporte à renda, como os saques extras do FGTS e a antecipação do 13º salário aos beneficiários do INSS, aparentemente tiveram efeito momentâneo no pagamento de contas ou dívidas já atrasadas, concentrado no segundo trimestre deste ano — resumiu, em nota, o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
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