Marco Antonio Bologna, novo presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), que também preside a TAM, declarou que as companhias não vão indenizar passageiros atingidos pelos atrasos e cancelamentos causados pela "greve branca" dos controladores de vôo.
- Entendemos a frustração dos passageiros, mas não cabe indenização, pois os atrasos e cancelamentos foram causados por força maior e não por uma falha das empresas na prestação do serviço -, disse.
Para Bologna, a responsabilidade é do governo por ser o provedor da infra-estrutura operacional para que o serviço possa ser prestado pelas empresas.
Caso haja alguma ação contra as companhias, as empresas vão recorrer, passando a responsabilidade para a União.
O prejuízo já contabilizado pelo Snea chega a R$ 4 milhões por dia, em média, com os atrasos e cancelamentos. Bologna afirma que novembro será marcado por uma "queda no aproveitamento dos vôos".
Bologna alertou que o período de férias de fim de ano poderá congestionar os aeroportos, não mais por causa dos controladores, mas pela falta de espaço adequado nos principais aeroportos para acomodar o esperado aumento do fluxo de turistas.
- A não redistribuição dos balcões da Varig, por medida judicial, é um desserviço aos passageiros -, afirmou.
O presidente do Snea comunicou ainda que na próxima segunda-feira haverá uma reunião cujo tema será a concessão de passagens gratuitas a funcionários da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A Anac usufrui de mais de 1.400 passagens gratuitas por mês, contra 600 no tempo do Departamento de Aviação Civil (DAC), órgão que foi substituído pela agência em março.
Empresas aéreas não pagarão indenizações por atrasos
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Sexta, 10 de Novembro de 2006 às 10:23, por: CdB