O encontro teve a participação de reconhecidos bolsonaristas: Roberto Justus, Flavio Rocha, dono da Riachuelo, Henrique Vilela, dono do site Brasil Paralelo, Nabil Sahyoun, presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).
Por Redação - de São Paulo
Em jantar com empresários peso-pesados, na noite passada, o ex-presidente Lula (PT), na companhia de seu candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do coordenador de seu plano de governo, Aloizio Mercadante (PT), ouviu declarações de confiança e o diagnóstico de que seja no primeiro ou no segundo turno, vencerá as eleições.
Ex-decano do STF, o ministro Celso de Mello declarou que não votará no presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
Os convites para o evento foram disputados e até mesmo aqueles empresários mais próximos a Bolsonaro reconheciam que as chances do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) no são mínimas. O encontro teve a participação de reconhecidos bolsonaristas: Roberto Justus, Flavio Rocha, dono da Riachuelo, Henrique Vilela, dono do site Brasil Paralelo, Nabil Sahyoun, presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).
A interlocutores, todos disseram que, para o caso de confirmação da vitória de Lula, é melhor já estabelecer um canal de diálogo com ele.
— Vim aqui para fazer a ponte com Lula — disse Sahyoun, durante o jantar, após declarar: "nunca fui bolsonarista”.
Na torcida
O empresário também fez acenos ao ex-presidente.
— Foi interessante saber que Lula pelo menos está imbuído de boas intenções e de dar abertura ao setor empresarial para apresentar sugestões. (...) Bolsonaro vai passar, Lula vai passar e as empresas continuarão aqui, gerando emprego. Se ganhar o Lula nós vamos torcer para dar certo — acrescentou.
Rocha, da Riachuelo, afirmou a Lula ao cumprimentá-lo que, se o ex-presidente cumprisse com tudo que havia prometido, poderia contar com seu apoio. Organizador do evento, João Camargo diz que a procura por vagas no jantar foi alta. Mais de 100 pessoas participaram.
— Se esse jantar tivesse acontecido há 15 dias, não teria todo esse público — constatou.
Apoio
Lula também comemorava, nesta quarta-feira, o apoio à sua candidatura à Presidência da República por parte do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-ministro da Justiça Nelson Jobim. O petista também recebeu o apoio do ex-presidente do STF Ayres Britto.
Em linha com os demais juristas, o ex-decano do STF Celso de Mello declarou voto em Lula, já no primeiro turno. A declaração aconteceu por escrito na noite passada ao coordenador do grupo de juristas 'Prerrogativas', Marco Aurélio de Carvalho.
“Em defesa da sacralidade da Constituição e das liberdades fundamentais, em prol da dignidade da função política e do decoro no exercício do mandato presidencial e em respeito à inviolabilidade do regime democrático , tenho uma certeza absoluta: NÃO votarei em Jair Bolsonaro!!! É por tais razões que o meu voto será dado em favor de Lula no primeiro turno”, concluiu Celso de Mello.
