Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Emergentes feito o Brasil sofrem com crescimento recorde da dívida pública

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Quarta, 06 de Janeiro de 2021 às 14:03, por: CdB

A dívida soberana global disparou US$ 10 trilhões, para US$ 77,8 trilhões, ou 94% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, conforme governos aumentaram gastos com saúde e protegeram suas economias afetadas pelas consequências da pandemia de coronavírus, calculou a Fitch.

Por Redação, com Reuters - de Nova York, NY-EUA, e São Paulo
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O PIB tem declinado desde a eclosão do golpe de Estado, em 2016

Um crescimento recorde na dívida de governos em todo o mundo atingirá os mercados emergentes de forma desproporcional, com as nações em desenvolvimento não se beneficiando de taxas de juros mais baixas e o custo do serviço da dívida sendo motivo de preocupação, disse a agência de classificação de risco Fitch Ratings, nesta quarta-feira.

A dívida soberana global disparou US$ 10 trilhões, para US$ 77,8 trilhões, ou 94% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, conforme governos aumentaram gastos com saúde e protegeram suas economias afetadas pelas consequências da pandemia de coronavírus, calculou a Fitch.

Tanto o salto quanto os níveis de dívida estão em máximas recordes, escreveu o chefe de ratings soberanos da Fitch, James McCormack, em relatório, acrescentando que o último acréscimo de US$ 10 trilhões levou sete anos para ser acumulado.

Dívida soberana

E, embora a proporção da dívida dos governos em relação ao PIB — medida frequentemente usada como indicador aproximado para a sustentabilidade das contas públicas — tenha ficado em cerca de 60% do PIB para os mercados em desenvolvimento e desenvolvidos, isso mascarou uma divergência nas taxas de juros para os dois grupos, disse McCormack.

“Para a dívida soberana de mercados emergentes, não houve ‘almoço grátis’ associado a juros mais baixos”, escreveu ele. A taxa média de juros sobre o estoque total da dívida de governo caiu de 4% para 2% na última década nos mercados desenvolvidos, concluiu o relatório.

Nos mercados emergentes, a taxa aumentou de 4,3% para 5,1%.

Preocupação

A Fitch prevê que os pagamentos de juros pelos governos em mercados desenvolvidos e emergentes convergirão até 2022 em cerca de 860 bilhões de dólares, embora a dívida do primeiro grupo seja três vezes maior que o segundo.

“O resultado é que, embora os governos de mercados desenvolvidos e emergentes agora tenham proporções semelhantes de dívida/PIB, eles têm custos de serviço de dívida muito diferentes”, escreveu McCormack.

“Com o rápido aumento da dívida governamental de mercados emergentes, isso deve ser motivo de preocupação e tem sido um fator que contribuiu para o excesso de endividamento em vários mercados emergentes em 2020”, resumiu.

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