Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Em noite de votação, Câmara inocenta dois de uma vez só

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Quarta, 08 de Março de 2006 às 20:22, por: CdB

O Plenário da Câmara aproveitou o esforço concentrado e absolveu dois acusados de se beneficiar com o esquema de distribuição de propinas no esquema que ficou conhecido como valerioduto, por ser operado pelo dono de empresas de publicidade em Belo Horizonte, Marcos Valério. Tanto o pefelista Roberto Brant (MG) quanto o petista Professor Luizinho (SP) asseguraram os seus mandatos, apesar das acusações de quebra de decoro parlamentar.

Por 283 votos a 156, o Plenário absolveu o deputado Roberto Brant (PFL-MG) da acusação de quebra de decoro parlamentar. Do total de 449 votos, 253 votaram pela absolvição, 183 acompanharam o relatório do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que pedia a cassação. Houve 3 votos em branco e 10 abstenções.
Para ocorrer a cassação, o parecer do conselho contra Professor Luzinho precisaria obter, no mínimo, 257 votos.

Em sua defesa no processo de cassação que enfrenta no Plenário, o deputado Professor Luizinho (PT-SP) mostrou manchetes de jornais nas quais o relator da representação, deputado Pedro Canedo (PP-GO), declarava que o inocentaria. O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprovou, entretanto, relatório de Canedo que recomendava a cassação.

Luizinho foi acusado de ter recebido R$ 20 mil das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. O dinheiro foi sacado por um ex-assessor do gabinete do parlamentar. O deputado, no entanto, diz que desconhecia a operação, cujo objetivo era financiar campanhas de três pré-candidatos a vereador pelo PT no ABC paulista.
"Em nenhum momento eu menti para essa Casa. Quando foi colocado em dúvida se a pessoa sacadora tinha de fato sido meu assessor, pedi que investigassem", afirmou. Por outro lado, ele reforçou que nunca pediu ou autorizou José Nilson dos Santos, o ex-assessor, a fazer saques das contas de Valério.

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