O ex-goleiro Edinho, filho de Pelé, foi transferido na terça-feira para uma prisão de segurança máxima no interior de São Paulo, depois de passar 22 noites preso por acusação de associação ao tráfico de drogas na sede do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), na capital.
Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, 34, foi preso e autuado em flagrante no dia 6 de junho e deixou o Denarc nesta terça-feira por volta das 15h, em uma Parati preta comum. No carro com ele estavam o delegado Alexandre Gargano Cavalheiro e dois investigadores.
O presídio para onde Edinho foi transferido não foi divulgado por questões de segurança. Segundo a defesa do ex-goleiro e a Polícia Civil, Edinho seguiu para uma penitenciária de segurança máxima fora da capital paulista por estar sendo ameaçado por homens da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
O advogado da família de Pelé, Sidney Gonçalves, afirmou que ainda espera um habeas corpus para que ele seja libertado.
- Estamos aguardando a manifestação do juiz de Praia Grande para que seja emitido o habeas corpus. É imprevisível (o tempo que vai demorar), mas quero crer que seja de duas a três semanas - disse ele.
Segundo o diretor do Denarc, Ivaney Caires de Souza, há indícios de que Edinho estaria envolvido com Ronaldo Duarte Barsotti, o Naldinho, apontado como líder de quadrilha de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, com ligações com o PCC e o Comando Vermelho (CV). Em depoimento, Edinho admitiu ser dependente de maconha.
O Denarc informou que há gravações telefônicas que apontam o envolvimento de Edinho. Segundo o órgão, ele conversou várias vezes com Naldinho, filho do ex-jogador do Santos Pitico, amigo de Pelé, sobre formas de investimento de dinheiro.