Economistas preveem ligeira piora no rombo primário de 2019 e 2020
Economistas pioraram suas contas para o déficit primário do governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) deste ano e do próximo, mas com os resultados previstos nos dois casos ainda mostrando larga margem em relação às metas fiscais.
Para 2020, a estimativa dos economistas consultados pelo Prisma é de um resultado primário negativo em R$ 70,876 bilhões.
Por Redação, com Reuters - de São Paulo
Economistas pioraram suas contas para o déficit primário do governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) deste ano e do próximo, mas com os resultados previstos nos dois casos ainda mostrando larga margem em relação às metas fiscais.
Para 2020 a estimativa dos economistas consultados pelo Prisma é de um resultado primário negativo em R$ 70,876 bilhões
Segundo relatório Prisma Fiscal divulgado pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira, a projeção para o rombo primário do governo central subiu a R$ 104,069 bilhões na mediana dos dados coletados até o quinto dia útil deste mês, ante R$ 103,218 bilhões no relatório de agosto.
A meta fixada pelo governo é de um déficit de R$ 139 bilhões para este ano. Para cumpri-la, inclusive, o governo já congelou mais de R$ 30 bilhões em despesas discricionárias, mas o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que 14 bilhões de reais deverão ser desbloqueados até o fim deste mês, e outros R$ 6 bilhões até outubro.
Para 2020, a estimativa dos economistas consultados pelo Prisma é de um resultado primário negativo em R$ 70,876 bilhões, um pouco acima dos R$ 70 bilhões vistos no relatório anterior.
A meta para o próximo ano , segundo projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é de um rombo primário de R$ 124,1 bilhões, sétimo dado consecutivo negativo. A LDO já foi aprovada em Comissão Mista de Orçamento (CMO), mas ainda precisa ser aprovada em sessão conjunta do Congresso Nacional.
Quanto ao crescimento da dívida bruta, a estimativa dos economistas é de que essa relação chegará a 78,5% do Produto Interno Bruto (PIB) ao fim deste ano, mesmo patamar visto no mês passado.
No ano que vem, a dívida bruta deverá chegar a 79,7% do PIB, ante nível de 80% calculado anteriormente, ainda segundo o Prisma.