Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

É de Michelle Staheli o sangue nas roupas do caseiro

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Terça, 13 de Abril de 2004 às 19:25, por: CdB

Exames de DNA mostraram que são de Michelle Staheli os vestígios de sangue encontrados na camiseta e na a bermuda que foram apreendidos pela polícia com o caseiro Jossiel Conceição dos Santos, suspeito de participação no assassinato dela e do marido, Todd. As peças foram recolhidas no quarto do rapaz, dias depois de ele ser preso. Outros objetos, como uma mochila de Santos, estão sendo testados ainda. Até as 19 horas de hoje, a promotora Marcele

Navega afirmava que não recebera os resultados e que só poderia avaliar se caberá denúncia contra Santos e pedir sua prisão preventiva após analisar os autos, já com os exames anexados. O chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins, negou, no início da noite, que os testes já tenham ficado pronto, mas fontes da Secretaria de Segurança asseguraram os resultados positivos.

Santos deverá ser submetido a exame de sanidade mental nos próximos dias, por ter dado cinco diferentes versões para o crime desde que foi preso. A pedagoga Luci Malta, ex-patroa do caseiro, acredita que o rapaz tenha mudado seus depoimentos por pura invenção ou por orientação dos defensores públicos que o assistem. "Essa estratégia não é boa, vai complicar mais a situação do Jossiel. Não sei se ele está sendo orientado ou se é invenção da cabeça dele. Acima de tudo, está a verdade", defendeu Luci. Foi no quarto dele na casa da patroa que as roupas com sangue foram apreendidas. Ela contou que tem recebido telefonemas diários do ex-empregado, que foi incluído no serviço de proteção a testemunhas e vítimas da violência e está num lugar mantido em sigilo, sob vigilância de policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) desde que foi solto, no último dia 2. No entanto, na segunda-feira, quando Santos voltou atrás mais uma vez e negou que tenha matado os Staheli - ele disse ter

confessado antes porque foi torturado por policiais, que colocaram sua cabeça numa lata de lixo e bateram nela -, o caseiro não telefonou."Isso é mentira. Ele jamais foi molestado. Não sofreu nada, senão teria reclamado comigo", afirmou Luci, que esteve ao lado de Santos na delegacia da Barra, onde ele ficou preso por 37 horas. "O tratamento dispensado a ele foi maravilhoso. Os policiais foram cavalheiros. Chegaram até a comprar pizza quando ele ficou muito tempo sem comer, se preocuparam com ele, tiveram paciência." A polícia nega ter feito qualquer pressão sobre Santos.Depois de ter presenciado a reconstituição do crime, durante a qual Santos mostrou, com riqueza de detalhes, como

assassinou Todd e Michelle, Luci, que acreditava na inocência de Santos quando ele foi capturado, passou a crer que ele é o

verdadeiro assassino. O rapaz trabalhava na casa dela, vizinha à dos Staheli, havia três anos. "Ele tem perfil de psicopata, mas nunca percebi nada."

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